SAI DE BAIXO!
Dilma Vana anda meditabunda com o vazamento da relação interminável de deputados, senadores, ministros e governadores propineiros da base aliada do seu governo.
Furibunda com a delação premiada do bode expiatório Paulo Roberto Costa, diretor defenestrado da Petrozona, ela disse ontem que vai pedir à Justiça a apuração de tudo para só depois tomar as devidas a cabíveis providências.
Meio travadinha essa senhora, né não?!?
Ela esteve o tempo todo nesses últimos 12 anos lá dentro dessa verdadeira usina de maracutaias e valhacouto de lobistas e consultores de negócios tão bilionários quanto suspeitos. Não teria e nem tem como dizer que não via nada, não sabia de nada.
O aparelhamento descarado da Petrobrás foi um processo sistemático muito bem engendrado no transcurso in natura do governo Lula e de sua própria e, digamos, passiva gestão como soberana president@ do Conselho de Administração da Portozona e da República dos Calamares.
Isso já nem é mais uma simples marca digital; é como se fosse um logotipo, um selo de garantia de que lá se foi, por 12 anos abaixo, a boa e antiga Portobrás.
É isso que hoje faz Dilma Vana passar de meditabunda a cogitabunda e desses dois estados de espírito inquieto, a sua melhor versão furibunda. E quando Dilma Vana fica furibunda é bom sair de baixo. Melhor sair de perto.
BRINCANDO DE DOUTOR
A vacina que virou moda na época de ouro da Copa das Copas, agora está dando zebra. No fim de semana, 11 adolescentes de uma escola pública de Bertioga, SP, passaram mal após tomarem a vacina contra o HPV.
Elas se queixavam de dores de cabeça e dificuldade para caminhar, depois de vacinadas. Três delas continuam internadas.
É o seguinte, meus diletos pacientes, o governo quer mostrar que tem saúde padrão cubano. Ao fim e ao cabo, a culpa vai ser do funcionário que aplicou a injeção.
Cá pra nós, essa turma já passou do tempo de brincar de doutor durante o recreio. Melhor brincar de pega-ladrão.
O TOQUE DE SILÊNCIO
E então, o lateral direito Maicon chegou atrasado na concentração da seleção da CBF. Ele foi pronta e solenemente desligado do grupo, por indisciplina. O fato gerou uma declaração unilateral numa bem montada entrevista "coletiva" de imprensa.
O empresário de jogadores, ex-goleiro reserva da Seleção, Gilmar Rinaldi, hoje cartola da CBF, foi quem fez o comunicado e contou a história oficial aos jornalistas e ao mundo da bola.
A dispensa de Maicon é de somenos, não inflói nem contribói.
O surpreendente é que Gilmar, porque agora usa gravata até na casamata, pediu aos jornalistas para que não fizessem perguntas sobre o assunto a ninguém e, muito menos, ao próprio Maicon.
Epa! Isso é o mesmo que você convidar seus vizinhos e amigos para o aniversário do seu filho e, na hora de cantar os parabéns e repartir o bolo, mandar que ninguém abra a boca.
A que ponto chega a petulância desses deslumbrados senhores dos anéis, donos do nosso triste futebol. Com ares de grande fonte de informação, ele pediu aos trabalhadores que ali estavam trabalhando para que não trabalhassem direito.
É como se ele pedisse para o Neymar entrar em campo hoje contra o Equador só para fazer embaixadinhas, mostrar a faixa de capitão e não jogar pra ganhar. O que apavora nisso tudo é que há repórteres bem capazes de seguir a fonte.
Deixem que eu lhes faça uma confidência: em mais de 50 anos de jornalismo eu nunca fui a uma coletiva de imprensa. Sempre gostei de perguntar o que tinha e tenho vontade de perguntar.