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2 de mai. de 2015

Porque hoje é sábado
Minha alma saltita /diante de tanto farol
E meu coração palpita / batucando em portuñol.

PERO QUE LAS HAY, HAY...

Lula da Silva, o Mandachuva Nefasto, já não faz mais discursos, nem palestras de palanques nacionais ou africanos. 

Lula agora, com o som gutural que o verdadeiro Criador do Universo lhe deixou de lambuja, não fala, ele ameaça. 

O seu tom cavernoso arrebenta os tímpanos mais endurecidos pelo ribombar dos trovões, pelo espoucar da metralha que, ao contrário de Dilma Vana, ele nunca empunhou nos velhos e bons tempos de luta, companheiros. 

E assim, cavernoso e gutural, Lula aproveitou a festança vermelha da CUT e de "movimentos populares" tipo assim Exército de Stédile, para alavancar sua campanha rumo à rampa do Planalto, em 2018. 

Ameaçou, em feitio de promessa, que agora vai andar pelo Brasil de ponta a ponta, "em defesa do governo Dilma". Esse Lula não apenas fala como um animal social selvagem, ele é fera. 

Arranjou um jeito de andar pelo Brasil de cima abaixo, às custas do erário público, já que os passos de sua grande caminhada serão em "defesa do governo". Pronto, todo mundo acreditou. É que sua voz é mais rouca que a voz rouca das ruas. E mete medo. 

Quê falar em "defesa da Dilma" qual o quê! Lula vai fazer é a sua campanha "Volta Lula" desde já, usando os recursos das burras públicas, já que os voos pra lá e pra cá às custas das empreiteiras, mais do que dar na vista, vão deixar as pistas evidentes demais de que amigo que vira companheiro, é cliente que vira cúmplice.

Quem acredita em lobisomem treme de medo. Ouvindo a criatura uivando e vendo esse arremedo de Bicho Papão no palco iluminado do cordão dos puxa-sacos, quase todo mundo tem a sensação de que o tal de lobisomem existe mesmo. 

Existe pelo menos para os companheiros de fidelidade canina que se deixam contaminar pela crendice popular. 

De minha parte, nunca fui dado a superstições; não sou supersticioso, nem que a vaca tussa! 

Mas de vez em quando minha alma pampesina saltita, o meu coração palpita e ambos me obrigam a alertar em destemido portuñol: - Yo no creo en las brujas, pero que las hay, hay!