PERDENDO A LISURA
Relegado a plano secundário na escalação do ministério do governo seminovo de Dilma, Lula da Silva anda impressionado com os rumos que a Operação Lava-Jato vem tomando.
O sentimento de impunidade, a pele escorregadia e a mania de grandeza o deixaram descuidado em muitas pontas desse novelo que está sendo desfiado.
A história daquele carnaval que ele fez com dinheiro da Petrobras mandando dar R$ 1 milhão para cada uma das 12 escolas do grupo especial, por pressão dos bicheiros cariocas, está bem contada.
E mais que isso, o relato faz uma ligação direta de Lula ao carro alegórico dessa mixórdia que ele faz entre a vida pública e a privada.
E tem agora a história que envolve o dono da Friboi, grande doador das campanhas do partido que Lula preside com muita honra e bom salário mensal.
A coisa é mais grave, porque não se trata agora de apenas uma denúncia a mais feita pelo delator Paulo Roberto Costa que, cá pra nós, tem crédito de sobra porque não pode e já nem tem mais por que mentir.
Desta feita, o caldo engrossa porque é uma pista encontrada pela Polícia Federal que já está na Vara do juiz Sérgio Montoro. Aí, é que a porca começa a torcer mais o rabo.
E estes são só dois dos pontos aparentes das relações perigosas de Lula com os operadores de negócios feitos e engendrados com os mais variados organismos da máquina pública, em que o seu poder de influência se transforma em tráfico de influência.
E em matéria de tráfico de influência sempre há alguém ganhando os tubos , posto que na tal “estratégia de coalizão” ninguém faz nada de graça.
O Cara está perdendo a lisura. Já não é mais tão resvaladiço e lúbrico quanto ainda pensa que é, ou aparenta ser.