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20 de mar. de 2015

O ÚLTIMO A SABER
Renato Duque, abriu mal e mal a boca, uma ou duas vezes, na CPI-2 do Petrolão. Numa das vezes foi para dizer "minha esposa nunca esteve com o presidente Lula". Pelo menos um mentira a gente tem aí: Lula não é presidente. Quanto à lacônica declaração, nada a estranhar, esse pessoal faz questão de parecer que é sempre o último a saber.

CALADO ATÉ ALI

O que significou o silêncio de Renato Duque:

1) que ele parece estar protegendo os grandes chefes do esquema de gatunagem na Petrobras;

2) que ele pretende, quando não souber que não há mais salvação, fechar um acordo de delação premiada.

Se Renato Duque abrisse o bico agora estaria cavando a própria sepultura.

Ninguém na Lava-Jato ofereceria um acordo para quem já não tivesse mais nada para contar. Nesses casos e nessas alturas dos acontecimentos, o silêncio vale ouro. Mais adiante, não tem preço.

Foi o que se deu com Marcos Valério que contou quase tudo que sabia, antes de negociar a redução da sua pena. Por sinal, a maior e mais fechada de todas as condenações do Mensalão, cujos malfeitores já andam por aí gozando o puro sol da liberdade.

PALAVRA DE DILMA

Dilma Vana ontem foi peremptória como um Tarso Genro dos velhos tempos de padrinho de Cesare Battisti: disse que não vai fazer reforma ministerial coisa nenhuma. Falou com tanta convicção que sua informação parecia até um desaforo a Lula que mandou que ela desse uma "chacoalhada" no seu ministério. Só tem uma coisinha nisso aí... Sabe cumé, Dilma é apenas uma republicana que ainda não fechou acordo de delação premiada. Então, acredite, se quiser.

OPERAÇÃO "VEJA O FILME"

Já está no roteiro da CPI-2 do Petrolão a Operação "Veja o Filme". Trata-se de um requerimento obrigando a Petrobras a entregar à Comissão Parlamentar de Inquérito as cópias de todas as gravações em áudio e vídeo das reuniões do Conselhão no período de 2005 a este glorioso 2015.

As fitas mostram o comportamento de cada conselheiro tratando dos grandes negócios que afundaram a estatal, antiga casa do petróleo que era nosso. Dilma Vana é uma das mocinhas da Série.

Dilma, por acaso, presidia o Conselho até que virou president@ da República, em janeiro de 2011. Desse dia em diante, sua responsabilidade sobre o que rolava e continua rolando na Petrobras, aumentou mil vezes.

POR ACASO

Ontem estive lendo a chamada "missão" do Instituto Lula. Li só o início e me dei por in/satisfeito:

"O principal eixo de atuação do Instituto Lula é a cooperação do Brasil com a África e a América Latina. O exercício pleno da democracia e a inclusão social aliada ao desenvolvimento econômico estão entre as principais realizações do governo Lula que o Instituto pretende estimular em outros países". 

No tempo em que Dilma Vana presidia o Conselho de Administração, a Petrobras vendeu a rasto de barato metade da subsidiária na África ao banco BTG Pactual, de André Esteves, mais que companheiro um amigo do peito de Lula que ia à África só para fazer palestras.

ELETROLÃO
A Lava-Jato não para. Vem aí o Eletrolão, escândalo do setor elétrico. Se você não sabe, o que não falta nesse setor elétrico é empreiteira. E por essas obras do destino, eis que seus nomes já andam por aí de boca em boca no Petrolão: Queiroz Galvão, Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez...

CUNHA, O INTIMORATO

Querendo dar um jeito de salvar o Brasil, Pátria Legislativa, o presidente dos deputados federais, Eduardo Cunha, citado na Lava-Jato, inventou o projeto "Câmara itinerante". 

O lançamento da brilhante ideia que já foi tentada por centenas de vereadores em seus municípios por esse Brasil adentro, vai ser hoje à tarde em Curitiba. 

Esse cara é mesmo intimorato. Curitiba é a Vara de Sérgio Moro... Tomara que Moro não aproveite a ocasião para chamar o destemido Cunha a prestar depoimento.

DOU RISADA

Eu não me canso de dar risada dos babacas que entraram na vaquinha eletrônica que pagou a multa de Zé Dirceu para ele sair da Papuda.

Tem bobão ali que deixou de comprar presente pros filhos e até brigou com a mulher em casa por causa disso, só para botar dinheiro na conta do maior "consultor" de negócios escusos desse Brasil da Silva. 

Dirceu faturou pelo menos R$ 1 milhão e 200 mil enquanto estava na cadeia. Ele cumpria pena na Papuda, enquanto a farmacêutica EMS creditava R$ 700 mil na conta da JD Consultoria, empresa do nobre detento que abocanhou no mesmo período R$ 500 mil da construtora Consilux.