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15 de mar. de 2015

POBRE BRASIL E POBRE
IMPRENSA BRASILEIRA!

Que bonito! Depois de tomar uma lição de democracia e de civismo ministrada pela multidão que saiu às ruas desse Brasil, Pátria Educadora, o governo confiscou as telas de TV para conceder uma obrigatória "entrevista coletiva".

O claro objetivo da pandilha que se apropriou desse país foi, única e exclusivamente, ter a palavra final sobre o show de cidadania que levou durante todo este inesquecível domingo de março.

E antes que se diga qualquer coisa sobre isso, ficamos todos sabendo assim, desse jeito, que nem Dilma e nem seus cúmplices mais diretos nesse destrambelhado governo aprenderam nada do que lhes foi esfregado na cara, desde as primeiras horas desse dia de exercício democrático.

Não, eles não são burros. Eles são apenas aquilo mesmo que levou multidões e multidões às ruas de todo o Brasil ao longo do dia todo. A "entrevista" foi montada para o governo, como sempre contar a História Oficial e ficar com a última palavra.

Para tanto, Dilma Vana enrodilhada em sua incapacidade de esconder o mau-humor e na sua notória incompetência de ligar com coisa com coisa, e imbatíveis predicados de trocar alhos por bugalhos, escalou seus mais fluentes dois patetas que atendem pela designação de ministros: Miguel Rossetto e Zé Eduardo Cardozo.

E assim que combinaram o que não poderiam descombinar, entraram no ar bem na hora em que a tarde cedia lugar à noite. Abriram o "diálogo" a um diminuto número de repórteres que tinham sido pautados às carreiras por suas chefias de redação.

E os repórteres, coitados, caíram na constrangedora esparrela de ouvir os discursos ensaiados e monótonos, cheios de falsa peremptoriedade, das duas tristes figuras da República dos Calamares.

E pior ainda, se prestaram a fazer perguntas aos dois portadores de recados oficiais da president@ Coração Covarde. Aí é que lhes digo: Pobre Brasil e pobre imprensa brasileira!

As perguntas valeram menos do que as respostas. Entre dó e indignação me deixei invadir por algumas pérolas saídas do mar de lama de onde eles emergiram para estragar mais um entardecer do povo brasileiro.

Escutei num dado momento, Zé Eduardo Cardozo dizer com enorme convicção: "Há um momento em que devemos pensar na sociedade brasileira". Ah é, é...?!? Só de vez em quando é, ô cabeça de porongo?!?

Bolas, num governo não se pode pensar em outra coisa; não se pode pensar em mais nada do que senão na sociedade dos seus governados. Que lixo, a boca desse cara! Dá engulho, provoca náuseas, é uma coisa nauseabunda!

Mais adiante o tal Rossetto salta de banda para dizer que "os que estavam na rua hoje eram todos aqueles que não votaram em Dilma". Gênio! O cara é o cara! Não disse que os que estavam na rua na sexta-feira 13 eram todos os que só votaram na Dilma.

E se disse, ou não disse, mas não disse mesmo, pouco importa. O que interessa é que os que votaram na Dilma, não saíram hoje às ruas porque não havia clima para eles mostrarem o quanto "também sabem bater", principalmente se forem do "Exército de Stédile".

Eu ainda pesquei mais uma pérola do pusilânime quase-ministro da Justiça, hoje transformado em mero porta-recados da sua patroa, a Dilma Coração Combalido.

Sei lá a troco de que pergunta mal feita por um dos jornalistas ali encurralados, escutei de Cardozo a velha bobagem de sempre: "os que apostam no quanto pior, melhor". E nem é dele essa frase lapidar, mas ele a disse como se a tivesse inventado naquela hora.

Droga! Esta é uma frase pronta que cabe como uma luva nos corruptos do Brasil, de maioria esmagadora alinhados nas fileiras do governo e dos seus sócios partidários e negociais.

Sabe o que foi que Cardozo disse como se fosse uma gloriosa promessa a ser cumprida? Disse "o tempo foi muito curto até aqui para tomar as medidas contra a corrupção que precisamos tomar. Vamos tomar medidas de combate sem tréguas à corrupção num futuro muito próximo". Ó céus, ó vida! Acho que já vimos esse filme.

Ele disse que vai tomar essas medidas urgentes de combate à corrupção, agora! Parece que esse governo não está no poder há mais de 12 anos.  Coitado, ele só se esqueceu desse pequeno detalhe. É um desmemoriado. Se fosse alemão e não brasileiro, poderia se chamar Zé Eduardo Alzheimer.

Então, pois é... Pobre Brasil e pobre imprensa brasileira! O Brasil por que se revela pela boca de dois fantoches manobrados pelos cordéis de uma governanta que não sabe governar; a imprensa, por se prestar ao triste papel de perguntar o que deveria perguntar não a dois meros enroladores e sim a uma criatura que ainda não se livrou do criador.

Ah, troquei de canal. Fui assistir à pelada São Bernardo x Rio Claro, pelo campeonato paulista. Torci contra o São Bernardo. Ele é da Prefeitura da cidade que pertence a Lula da Silva, seu mais conhecido e reconhecido torcedor. Se é da Prefeitura... Nada, nada, torci contra o São Bernardo, porque Lula torce por ele.

Quando retornei aos canais confiscados, a entrevista estava sendo encerrada pelos dois porta-vozes de Dilma-2. Eles se levantaram, deram tchau & benção e saíram apressados, rumo ao gabinete da sua angustiada patroa.

Nem escutaram o panelaço que ribombava contra a mentira e a corrupção, em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Se escutassem, não entenderiam nada, uma vez  mais. Tomariam como aplauso. Eles têm cara e carcaça pra isso.