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5 de abr. de 2015

JANOT DECRETOU QUE DILMA É SUSPEITA
ATÉ O FIM DO MANDATO

Deixei a carruagem passar ao largo, enquanto os cães ladravam para livrar a cara de uma suspeita chamada Dilma, citada pela Lava-Jato na badalada lista de Janot.

Foi mais por repulsa do que por desprezo. Não aguentei no devido momento a aversão e enjeitei o palavrão que me veio à cabeça e escorregou até à ponta da língua. Não disse o que pensava de Rodrigo Janot quando ele recomendou que Dilma não fosse investigada. Nem vou dizer agora, em respeito a quem me acompanha o tempo todo que finjo perder por aqui.

Devo, no entanto, esclarecer que a Dilma da lista de Janot é a mesma que habita o Palácio do Planalto. Mais que isso devo dizer, a bem da mais clara percepção dessa embromação, que a exclusão da senhora em questão, não a inocenta. Pelo contrário, até faz persistir a fundada desconfiança que os brasileiros do bem nutrem pela criatura do seu honrado criador.

Mas, ela não foi inocentada pela escamoteação de Janot;  ela, como president@ da República, tem imunidade temporária. As pessoas comuns, pegam cadeia temporária. Mas ela só pode ser processada "por fatos atinentes ao seu mandato".

Isso é claro, não constitui um atestado de inocência. Dilma poderá ser denunciada e investigada ao fim desse mandato que ela exerce em mais um governo invisível de Lula.

Que fique então, bem claro e cristalino que, uma coisa é alguém - seja lá quem for - ser absolvido por absoluta ausência de delito; outra, bem diferente e humilhante é não ser condenado por falta de provas, ou por escapar de uma investigação.

O procurador Janot, ao saltitar o nome de Dilma quando fez a chamada do Petrolão, não proclamou a sua declaração de inocência. Pelo contrário, Rodrigo Janot condenou Dilma Vana à desconfiança da população por mais quatro anos.

Ele a decretou e carimbou como suspeita até o final desse mandato que, pode surpreender a todos e até se arrastar pelos próximos quatro anos.

RODAPÉ - Dilma Vana tá nem aí. Ela não se importa.