O PT que Lula e Dilma com seu clube de vivarachos impõem aos menos avisados que se vestem de vermelho, usam uma estrela na testa e se dizem petistas de alma, coração e vida, é o PT que leva o povo a pensar que lhe basta não ter medo de quem usa farda e coturno para se sentir respirando e vivendo numa democracia.
Triste e absorvido engano. Democracia é o poder do povo desfrutar de liberdade e igualdade. Simples assim.
A democracia do PT lulático é uma monarquia constitucional, um reinado que dribla a lei e a Constituição oferecendo ao povo, dadivosa e espalhafatosamente, uma aparente liberdade que disfarça as desigualdades.
Ou você acha que a vida que leva um político - seja eleito eletrônica e sigilosamente, ou um mero companheiro de gaveta, consultor, ou cabo-eleitoral dos piores antros partidários - é igual à vida que leva um operário, chefe de família, que trabalha de sol a sol, oito horas por dia, a vida inteira?
O brasileiro tem liberdade, mas não tem igualdade. Nem mesmo perante a lei. Nem mesmo, não... Fundamentalmente, o povo brasileiro é desigual perante a lei. A democracia brasileira é tão republicana que virou monarquia constitucional.
É que uma democracia de verdade não dá liberdade pessoal e nem promove igualdades sociais se não contar com a independência dos poderes constituídos - Executivo, Legislativo, Judiciário - e com as instituições da sociedade civil, organismos de defesa da cidadania.
Na Democracia da Silva, o Executivo é o PT & Associados e pronto!
O Legislativo, é o que é - uma das instituições públicas mais desmoralizadas, fato que nem mesmo as infalíveis pesquisas de opinião pública conseguem esconder; o Judiciário é independente, até que o povo precise da sua justiça final, a cega e definitiva justiça do Supremo Tribunal do Governo Federal. A justiça da Corte de Lewandowski, seus pares e ímpares.
As instituições da sociedade civil, viraram ONGs de fachada, institutos de palestras, centrais de pelegos sindicais que podem muito mais, infinitamente mais do que as redes nacionais da APAE, da Pestalozzi, da Luiz Braille e tantas outras organizações beneficentes, assistenciais e pedagóicas nascidas do espírito do povo, com profundo cunho social.
A uma democracia pura, liberdade pura não basta; mais do que precisa de igualdade, a democracia pura é igualdade social. E não vou aqui deitar falação como se fosse um tratado político-filosófico e ideológico sobre Democracia. Disso tratam milhares de compêndio que se esparramam pelo mundo desde as calendas gregas.
Vou apenas aproveitar o que me resta das três falsas verdades da democracia lulática - liberdade de credo, de pensamento e de expressão - para ser ligeiramente pontual e abrir os olhos de quem já se conformou em ter como suficiente a liberdade que o governo Dilma nos oferece em nome de Lula, seu mentor, enquanto nos tira o que pode em matéria de igualdade social, nosso direito inalienável.
Igualdade social não é só sermos todos iguais perante a lei. E nem isso nós somos. Se essa democracia que aí está - uma democracia emporcalhada que vive se comparando com a mais recente ditadura - o sermão de domingo, do padre da igreja da esquina renderia à bandeja da missa das dez, os 500 mil euros que as palestras lá na África para uma atenta e gulosa platéia de ditadores sempre renderam para Lula da Silva.
Igualdade social é um dirigente desses que tem aos montes na Petrobrás, ganhar o mesmo salário mensal que ganha um operário que trabalha oito horas por dia, o ano inteiro. Mas, não é bem assim. Qualquer Cerveró, qualquer Paulinho Costa, qualquer Renato Duque, ganhavam só de salário, mais de R$ 100 mil por mês. Fora o alho. E o bugalho, desse rebotalho - ah, não posso perder a rima!
Igualdade social, não pode ser o triunfo da mediocridade e muito menos da desonestidade. Houvesse igualdade nessa democracia que esbanja liberdade como uma dádiva do regime ideal para quem tem o domínio dos fatos, e um Zé Dirceu ganharia, enquanto esteve na prisão, a bolsa-presídio que seus breves colegas de Papuda ganham.
Qual o quê! Ele ganhou, só de consultorias bem sucedidas no ramo do tráfico de influência, no período de 2006 a 2013 a bagatela de R$ 39,1 milhões. Isso é que é igualdade social.
Recomende-se a essas alturas da competição que os colaboradores da vaquinha eletrônica que o tirou da prisão, expliquem em casa para seus filhos e netos, como são imbecis e incapazes de trazer para casa os mesmos ganhos e os mesmos lautos jantares que finórios como esses mensaleiros e petrolineiros que pululam por aí levam para seus diversos lares, doces lares.
Democracia é pois, muito simples. É liberdade e igualdade. E se, o Brasil da Silva fosse a França da velha Marselhesa, seria um pouquinho mais: seria liberdade, igualdade e fraternidade.
Mas aí, já é querer demais para um povo que tem uma pandilha de seguidores intuitivos de Marx, pregando o que mal souberam ler, uma social-democracia, com nítida inspiração castrista, com respingos do bolivarismo de Hugo Chávez que perpetua canalhas no poder. Logo,logo a liberdade vai calçar coturnos e baionetas nas igualdades.
Você sabe, todo mundo sabe no Brasil da Silva que Lula não gosta de ler. Você sabe, todo mundo sabe no Brasil da Silva, que Dilma sabe ler, mas que isso não adianta nada.
Então, vou lhes deixar aqui a minha firme convicção: Lula, Dilma e sua pandilha de mandachuvas não leram Karl Marx; o que eles leram foi Groucho Marx. A democracia deles é, como vaticinou seu líder de tesouraria Delúbio Soares, uma piada de salão. É mesmo, mas agora já encheu o saco!