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6 de abr. de 2015

POR QUE O HOMEM PODERIA USAR 100% DOS 
SEUS NEURÔNIOS, CRISTO MORREU NA CRUZ


A vida nos foi dada há mais de um bilhão de anos. E o que foi que a gente fez com ela?

Os outros, não sei. Como sou preconceituoso, acho que esperamos Jesus Cristo nascer há 2015 anos para aprendermos como se faz uma igreja para se se possa viver na eternidade.

Ah, sim... Faz 1978 anos que Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.

Pobre filho de Deus.

Morreu assim, daquele jeito, pra gente - como sempre diz a deusa do velho PT, Marta Suplicy - viver assim desse jeito que "Lula nos ensinou" a não ter medo de ser feliz.

Jesus Cristo, na sua infinita sabedoria e divina clarividência, anteviu o que o esperava nessa Terra e morreu na cruz para se salvar.

Foi-nos decretado há mais de um bilhão de anos que com um só neurônio a gente vive; que com dois neurônios a gente começa a se mexer e, por isso, as coisas passam a acontecer na vida e a fila anda, o mundo gira.

Mas com 10% dos 100 bilhões de neurônios que cabem em cada um de nós, tem gente que chega à presidência de uma república.

E muito pior, com o uso desses 10% tem gente que vota nessa outra gente e até gosta das consequências.

Bom isso, mas nem tanto. Os golfinhos usam 20% da sua capacidade, o dobro do que usa a raça humana e só sabem nadar.

Tradução: se a gente votasse num golfinho para presidente, ele ganharia de braçada dos governantes que esse país que já foi da gente tem nos oferecido. Preciso é que se diga: nesse caso seus mandatos seriam de um ano apenas. Eles não resistiriam a uma Semana Santa. Seriam comidos por nós.

Uma pena, por que para quem usa mais que dois neurônios, o maior desejo, o grande objetivo nesse mundo é o poder. E poder não é poder sempre que é breve.

Já para nós, pobres primitivos, o que vale é a eternidade. E o angu de caroço é que o destino não é igual para todos, nem que a vaca tussa. Cada um de nós tem 100 bilhões de neurônios, isso não é novidade pra ninguém. O diabo é que, às vezes, eles nos conduzem não à Teoria da Evolução - já que nem todo mundo se chama Darwin - mas, de quando em quando, nos levam à Revolução.

Isso, tem tido um tempo, através dos tempos. É quando morremos de vergonha dos governos que temos tido, dos governantes que nos governam.

É, então, nesse justo momento da História da Humanidade que aqueles que usam apenas um neurônio passam a controlar a vida e o mundo das outras pessoas, o mundo e a vida da gente.

E aí se dá uma enorme convulsão íntima.

E, em vez de nos subjugarem, eles os que têm pouco mais de um neurônio, são vencidos pelo que jamais nos poderão tomar: a liberdade de pensamento.

É com ela na cabeça que o coração leva à razão e somos então, uma vez mais, cada um de nós, o imbatível revolucionário centro do universo. É que são as profundezas inalcançáveis do cérebro que nos fazem humanos, ainda que com a metade da capacidade de um golfinho.

Acho que foi com medo de que, uma dia, eu ou você pudéssemos usar 100% dos nossos 100 bilhões de neurônios que, há 1978 anos, Jesus Cristo na sua milagrosa e magnânima antevisão do mundo, morreu na cruz para se salvar.

RODAPÉ - Antes que os mais crédulos me crucifiquem: bom que Jesus tenha morrido na cruz para se salvar. Assim, quando achar que deve e que é preciso, ele pode descer de novo à Terra e acalmar os 100 milhões de neurônios de cada habitante desse planeta incurável. Ou não.