E então acabou de sair do armário o laudo dos peritos que a Comissão da Verdade queria saber a respeito do presumido envenenamento de João Goulart, o Jango, presidente-tampão destampado do poder pela Redentora de 64.
E os peritos da Polícia Federal abriram o frustrante arquivo-morto: "Não há sinais de que Jango tenha sido envenenado".
Quer dizer, aquela versão patranheira do chimarrão envenenado, lá na Argentina, caiu por terra foi morta e sepultada. Ó, coitados! Pobre dos membros duros da persecutória Comissão da Verdade não gostaram da verdade.
E já há até quem diga que "a passagem do tempo pode ter apagado vestígios de substâncias tóxicas". Mas, que estranho... Que droga, ninguém sabia disso até agora.
E assim é que o mistério foi desfeito, mas como a verdade não bateu com a verdade esperada pela Comissão da Verdade, a dúvida continua: Jango morreu de morte morrida, mas pode ter morrido de morte matada.
E essa Comissão da Verdade - que só buliu com o que houve de violação aos direitos humanos no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988 - que use agora os dados recolhidos e tenha a ombridade de remexer, de investigar e furungar o que aconteceu no Brasil de 6 de outubro de 88 até a gloriosa e redentora data de 26 de outubro de 2014.
E que, num dia desses, quando bem lhe aprouver, a Comissão da Verdade descubra tudo, não nos esconda nada e nos diga a verdade, só a verdade e nada mais do que a verdade. A gente jura que vai mentir que acredita.