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8 de dez. de 2014

DO BANCO PARA O BANDO
QUASE R$ 60 BILHÕES, FORA O ALHO
Quem disser o nome de batismo dos super-heróis ganha um prêmio. Quem souber e nada disser, ganha dois prêmios...

Começaram a abrir a caixa-preta do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e dos Sócios. De cara já se fica sabendo que o Clube de Empreiteiras flagradas com a boca nas botijas da Petrobras recebeu, de 2009 a 2014, a bagatela de quase R$ 60 bilhões do BNDES, fora o alho das obras financiadas lá fora, como o porto de Mariel, em Cuba e outras quetais e quais.

Por mais desdém e maior aversão que alguém possa ter pelo jeito de governar do Lula e pelo jeito de Dilma ser sua governanta, não há ódio e muito menos há na face da Terra amor tão profundo que possa imaginar que esses dois presidentes do Brasil não sabiam de nada.

O que dá para pensar, isto sim, é que eles sabiam de tudo, mas acham isso uma coisa muito natural. E isso, sob a espada da Justiça que é cega, logo será demonstrado. Nada será, sob as vendas da Justiça, mais legal, nem mais legítimo.

Alguém vai querer, por acaso, alguma coisa mais normal do que o BNDES transformar R$ 58 bilhões e 950 milhões em uma gloriosa refinaria, quatro hidrelétricas de compadres e duas linhas de Metrô?

Que legal. Então tá.

Mas há uma outra coisinha que se precisa perguntar, por maior confiança ou estúpida desconfiança que alguém deposite no mesmo par de vasos que serve de enfeite para tudo que tenha um cofre público pela frente: essa outra coisinha é o nome dos que se travestem de He-Man, de She-Ra, ou vice-versa.

O que importa mesmo agora é saber a identidade secreta daqueles que, além dos lobistas-laranjas e dos diretores paus-mandados da Petrobras, têm a força!

O que se precisa saber já, já, é o nome de batismo do He-Man ou da She-Ra que tinham e têm a caneta na mão para consagrar e oficializar esse festival permanente de toma-lá, dá-cá que eu quero-o-meu, entre o banco e o bando.

Sem o aval, sem o amém, sem o olhar fulminante desses anti-heróis sobre o script, um roteiro como esse jamais seria escrito; essa a/ventura entre banco e bando, jamais seria possível acontecer.

Quem souber o nome dos dissimulados vilões ganha, na hora da revelação, um prêmio equivalente a uma Mega-Sena acumulada. Quem souber e nada disser, ganha dois prêmios. Um do banco e outro do bando. Os valores, depois a gente acerta. Não falta quem financie.

RODAPÉ - Se todos que sabem nada disserem, nunca antes na história desse mundo o Brasil terá sido tão endividado.