ESTE NÃO É UM ESPAÇO PARA FAZER AMIGOS; É PARA INFLUENCIAR PESSOAS.



2 de dez. de 2014

KÁTIA NA GELADEIRA

Dilma Coração Valente pero no mucho anunciou Armando Monteiro como ministro do Planejamento, mas fez silêncio retumbante quando à indicação de um substituto para Nery Geller, o mais novo paranormal entortador de garfos na Agricultura.

Kátia Abreu já não anda fazendo pose de ministra dos ruralistas. Dizem que foi o dadivoso doador de convenientes campanhas que atende pela alcunha de Friboi quem a colocou na geladeira.

O mais provável é que Dilma Coração Valente e Precavido, além disso, esteja ganhando tempo e espaço para não piorar as relações com os movimentos sociais, a Igreja Católica e os narizes torcidos da esquerda e do próprio PT.

A PROPINA DA VEZ

Para ganhar apoio do PTB que, nas eleições de outubro vermelho apoiou Aécio Neves, Dilma Coração Valente e Esperto, bancou a indicação de Armando Monteiro para o Planejamento. O líder do PTB no Congresso já jurou fidelidade ao governo ontem mesmo.

Quer dizer, a moeda de troca pelo apoio foi escancarada; ninguém vai precisar nesse caso da delação de Berzoini para ver e saber que o pagamento da propina foi um ministério inteirinho para Monteiro que não se deixou comprar sozinho.

Novidade nenhuma: Marta Suplicy ganhou de propina a pasta da Cultura para "gastar sola de sapato" na já longínqua campanha de Fernando HaHaHaddad à Prefeitura de São Paulo.

LEVANTE O DEDO

Agora, neste sábado, vai ser inaugurado o aeroporto de Nacala, em Moçambique. A obra custou a mixaria de 144 milhões de dólares, coisa de 360 milhões de reais. A conversão da moeda é oportuna, porque o aeroporto foi feito, sem licitação, por mãos brasileiras e dinheiro também.

As mãos foram da Odebrecht e o dinheiro do BNDES com o amém do governo Dilma Coração Valente e Dadivoso. Como todo grande empreendimento houve, de permeio, a diligente ação de um agente intermediário que, decerto, não trabalhou de graça.

Se alguém tiver alguma ideia de quem tenha sido o operador, levante o dedo. Mas não coce o nariz em público; é feio. E pode ser que alguém pense tratar-se de alguma senha tipo assim "tamo junto nessa, companheiro!". Então, para não se comprometer, arranje logo uma outra utilidade qualquer para o dedo levantado.

NADA A VER
Neymar, não concorre ao prêmio de melhor jogador da temporada, mas foi escolhido para disputar o título de melhor atacante do ano. Então tá, mas de onde foi que vocês tiraram a ideia de que isso é mais importante que o rim do Pelé?!? Este texto tá parecendo até mais sem noção que o governo de transição da governanta Dilma para a governanta Dilma em mais um governo Lula.

FORA DA AGENDA
Pensando bem, o dono da Odebrecht com duas audiências fora de agenda, teve mais audiências neste ano com Dilma Coração Valente e Receptivo que uma boa meia dúzia de ministros pusilânimes como Garibaldi Alves, da Previdência; Vinícius Lage, do Turismo; Eduardo Lopes, da Pesca; Manoel Dias, do Trabalho; Clélio Luiz, da Ciência e Tecnologia.

ASSIM, NÃO DÁ!
Ah me poupem! Ninguém vai sair às ruas gritando pelo impeachment de um presidente, seja lá qual for o epíteto que tenha - Coração Isso, Coração Aquilo - só porque o ex-cantor Lobão ainda no exercício da música, sua primitiva ocupação, saia por aí reclamando de megafone contra quem pede a volta dos militares. Aí, dá no que deu no último fim de semana, em São Paulo: coisa de mil e poucas testemunhas que, pela contagem da PM paulistana seriam pouco menos de 500 manifestantes. Assim, não dá. O governo vai morrer de rir da indignação popular.

PRAZO PARA CONCLUSÕES
NA LAVA-JATO

A Polícia Federal pediu e levou. O juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, deu mais duas semanas para que sejam apresentadas as conclusões dos inquéritos da Operação Lava-Jato que vem pondo em reboliço o vasto esquema de propina, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O cambalacho movimentou, só de comissão para corruptos passivos, 10 bilhões de reais.

Faça as contas: esses 10 bilhões representam, a pau e corda, apenas 3% da dinheirama que vem rolando frouxa desde 2006 para cá, sob o olhar embaçado de dois presidentes - Lula e Dilma.

Essa dupla que se alterna no poder tem sido, digamos, distraída para com o vaivém incessante de mais de 350 bilhões de reais que escorrem há oito anos para um cartel de ilicitações folgadas de meia dúzia de grandes tocadores de obras que não acabam mais.