DE CARONA, OPOSIÇÃO QUER
LIMPEZA NA PETROBRAS
Sempre de carona, a oposição agora está com um pé na denúncia da revista Valor Econômico e com a mão no ombro de Rodrigo Janot, o procurador-geral da República. E fez o quê, então? Pediu a demissão de Graça Foster e a substituição da diretoria da Petrobrás.
A oposição veio de arrasto, entrou na onda.
A revista detonou o mantra "não sei de nada, não vi nada, não fiz nada" desse jeito PT de governar: ela prova hoje em suas páginas que tanto Sérgio Gabrielli como Graça Foster foram avisados do esquema de corrupção que desmantelou a Petrobras.
Por outro lado, ontem, o procurador-geral Rodrigo Janot, sugeriu justamente a demissão de Graça e de toda diretoria da estatal por que haviam "roubado o orgulho dos brasileiros".
Com essas duas cutucadas nas canelas, a oposição reagiu e foi para o ataque. Está pedindo hoje, exatamente o que Janot pediu ontem. Antes tarde do que nunca.
Se a oposição fosse o que a gente precisa que seja, pediria mais: pediria não apenas a substituição, mas a extinção do Conselho de Administração que, pelo visto, há muito tempo só serve para dar maus conselhos à Petrobras.
Se tivesse aquilo roxo, pediria - duela a quien duela - que fossem investigados seriamente os dois presidentes da República, Lula da Silva e Dilma Coração Valente, protagonistas de honra desta ópera bufa, para saber se foram apenas lenientes, ou muito coniventes.
Isso, no caso da oposição ter sintomas colloridos quando está de saco cheio.
Caso não se tratasse da oposição que aí está; caso fosse uma oposição mais dura, uma oposição daquelas que mata a cobra e mostra o pau, uma oposição mais atilada, ela não veria necessidade alguma de que fosse estabelecido esse processo de investigação.