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5 de mar. de 2015

PIZZAIOLLO-GERAL DA REPÚBLICA

Rodrigo Janot foi o Rodrigo Janot que Dilma esperava que sempre fosse quando o indicou para o cargo de procurador-geral da República petista.

Ao entregar a lista de suspeitos ao Supremo Tribunal do Governo Federal pediu abertura de inquérito ao invés de formular denúncia.

Com isso, desdenhou de todo o trabalho investigativo e saneador da Polícia Federal, do Ministério Público Federal do Paraná e da Vara do juiz Sérgio Moro.

Ainda bem que desse lote de 54 suspeitos, só 28 têm direito a foro privilegiado por que são políticos; os outros 26 são pessoas, meros suspeitos humanos. A manobra de Rodrigo Janot já era esperada. Quem sai aos seus, não degenera.

Essa pandilha que caiu no colo de Teori Zavascki, outro indicado pelo governo para o cargo, vai gozar muitos anos de gandaia antes de pagar pelos malfeitos, pela patifaria que cometeu. O Mensalão levou 10 anos para chegar ao triste fim; essa parte blindada do Petrolão pode levar o dobro.

O que se pode tirar de melhor disso tudo é muito pouco: resta apenas o direito de saber que essa banda bandalha ficará o tempo todo sob a desconfiança das pessoas de bem.

Quanto maior o tempo que gozarem para demonstrar que são inocentes, mais parecerá que são culpados. Mas, grande coisa, eles estão pouco se lixando para isso.

JANOT OBSTRUINDO A JUSTIÇA
Veja isso aí: conforme o jornal Folha de S. Paulo, o procurador-geral da União pelo governo, recomendou ao Supremo que citações à president@ Dilma Vana na Operação Lava-Jato "não sejam apuradas". Depois dessa, alguém ainda quer uma prova mais cabal e evidente das razões velhacas que o colocaram no cargo de procurador-geral? Cá pra nós e que ninguém nos leia nem ouça, mas só esse pedido já serviria para submeter esse vassalo a um processo por obstrução da Justiça.

EUFORIA NO CONGRESSO
Há um frenesi de dar bananas no Congresso. O tempo apaga tudo, até a memória do eleitor. E a pandilha de sevandijas implicada na Lava-Jato, muito mais que no tempo em si, aposta na prescrição de seus casos escabrosos. Rodrigo Janot é hoje, um dos maiores pizzaiolos da Justiça na história desse país.

LENIENTES
Do pior que pode vir por aí, o que há de ruim e safado é o recurso imoral que atende pelo codinome de "acordo de leniência". Acontece que o pressuposto de um acordo desse tipo é que para ser consagrado o conchavo tem sempre em um dos lados um malfeitor, um corrupto. Isso é o que há de asqueroso e nojento nos escaninhos da lei e nas compras e vendas da Justiça.

FOI BOM, NÃO FOI?!?
Observadores atentos dizem que o clima é de sobressalto nos quadros funcionais da Odebrecht. Os funcionários não sabem quando nem quantos podem ser presos pela Polícia Federal. Ora, isso é bem como aquela grávida que vivia se queixando das agruras da gravidez, até que uma amiga estancou suas lamúrias: - Na hora do bem bom foi bom, não foi?!?

ALÉM DA COTA

Paulo Roberto Costa, o Paulinho das boas e antigas relações com Lula que hoje nem toca no seu nome, disse à Justiça do Paraná que Renan Calheiros foi mesmo um dos beneficiados pela mar de lama e grana que inundou os cofres do PT, PMDB e do PP.

Paulinho contou que os pagamentos feitos a Renan "excederam o teto da cota" repassada aos partidos. O premiado delator explicou que a a propina ultrapassou a barreira dos 3% para que "fosse incluído um valor para Renan".

O ínclito presidente do Senado, desmente peremptoriamente.

Mas entre a palavra dele e a de um delator premiado, você ficam com qual delas?!? Então tá, OK, você venceu. Mais um chopinho e tá tudo bem.

DIA 15 TODO MUNDO LÁ!
Tá, então tá, no dia 15 todo mundo nas ruas! Todo mundo lá! Mas, inda que mal pergunte: a gente vai se queixar pra quem? A gente espera o quê de quem?!? Se alguém me disser o nome de alguém para desbagunçar isso que aí está, eu vô que vô. Do contrário, eu tô que tô.