Reforma política com os políticos que estão aí - de Lula e seus coalizados a Sarney e seus plebeus - é apenas acomodar as melancias na carroça. Mexer no sistema e dizer que o está reformando é ditar as regras para a bem-aventurança perpétua dos que mandam nessa democracia enjambrada que nos torna escravos dos partidos e seus repartidores. Isso é ditadura de facções políticas.
Falta credibilidade para esses enganadores forjados na metalurgia dos maus burgueses; desses que carregam pra casa 11 caminhões de bens e badulaques que não lhe pertencem, ou daqueles que emaranham o Estado como se deles fosse.
Hoje, Lula, Palocci, Genoíno Zé e genéricos são tão burgueses quanto Zé Sarney, Renan, Collor e similares. Eles não pertencem à tal nova classe média que o governo que acaba de sair anunciou no dia de entregar a faixa. É só ver os caminhões que nos separam. Ou as Fiat Elba, as fazendas de gado, os atos secretos que nos distanciam.

Alguém já disse que no Brasil, para reconhecer qualquer coisa, você tem que ir ao cartório. É a mais nua, crua, pura e dura verdade. Quando falta seriedade na política e nos governos, falta confiança.
Falta credibilidade para promover e co/mandar o processo de reforma política. Precisam antes lavar sua honra, reformar suas almas, suas histórias.
E não venham, pelo amor de todos os deuses e santos de guarda, ou de folga, com o fio do bigode do Sarney. E, muito menos, com os fios da barba de Lula.