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19 de fev. de 2015

PARA PLANEJAR O FUTURO
É PRECISO REMEXER O PASSADO

Leia isso, por favor: "Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos."

E leia mais um pouco: "Lula comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos".

Isso é apenas a transcrição de um artigo de Roberto Mangabeira Unger publicado no jornal Folha de S.Paulo em 15 de novembro de 2005, glorioso dia da Proclamação da República. O ano de 2005 foi marcado pela eclosão do escândalo do mensalão.

Pois, não se espante. Lula, nomeou o filósofo Roberto Mangabeira Unger no primeiro semestre de seu segundo mandato, em 2007, ministro da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo. 

Lula inventou esta besteirada para Mangabeira. E com isso, na época, comprou o silêncio e aliança do seu execrador público.

Tá, isso foi uma bronca de Mangabeira Unger com  Lula. Lula o amansou e coisa e tal e nunca desmentiu, não tugiu e nem mugiu a respeito dessas acusações.

Mas agora vem o melhor. Mangabeira tá na área outra vez. E seria ótimo se alguém explicasse por que cargas d'água Dilma-2 resolveu nomear Mangabeira Unger para o lugar de Marcelo Neri para a mesma velha pasta de guerra, a Secretaria de Assuntos Estratégicos do seu governo seminovo, de ideias de segunda-mão. 

Não teria Dilma-2 ninguém melhor que um dono de língua solta e ferina para cumprir a promessa de um "novo governo de ideias novas"? Vou lhe dizer uma coisinha: acho que Dilma-2 contratou Mangabeira Unger pelas mesmas razões de Lula. Uma delas é saber que botar o dedo nas feridas dos outros é um atributo característico de um bom camarada, de um companheiro bom e batuta.

De uma coisa todo mundo agora está certo: esse governo, de "novo"; não tem nada. E de "ideias novas" menos, muito menos ainda.