"Seu" Encarnado, mal terminou a palestra para os seus colegas empresários da Microsoft, em Washington e já deu o caminho das pedras sobre o processo do mensalão - que prometeu provar que nunca existiu. É postergar o julgamento, do jeito que der, lá para 2050.
É isso o que mais desejam e com o que mais contam Zé Dirceu e seus 40 mensaleiros - ou mais: esse bloco é igual ao dos puxa-sacos, cada vez aumenta mais. A PF está pedindo novas investigações para o escândalo, já que novos indícios não param de surgir.
O ministro Joaquim Barbosa, no entanto, vai separar devidamente as etapas. Fará o julgamento deste processo que se arrasta desde 2005 e, logo depois, bota em pauta na barra do tribunal, o que ainda vem por aí. É como se fosse o julgamento de um Serial Killer que foi matando e sendo julgado e condenado, corpo a corpo, cadáver a cadáver.
Com crimes sequenciais tem que ser assim. A tremedeira dos candiatos à impunidade aumenta, à medida em que vem à tona o desconforto que causaram ao ministro quando enjendraram o factóide de Joaquim Barbosa, em período de licença para tratamento de saúde, ser flagrado à mesa de uma barzinho de Brasília, tomando uísque num fim de semana. Paranóia pura bem ao feitio mensaleiro. Joaquim Barbosa é ínclito e probo de sobra para confundir serenata com retreita. A vingança do ministro será fazer justiça, nada mais do que justiça.
Bem que o Giba, vigoroso atacante do vôlei brasileiro - que interpreta com talento um jeitoso cabeleireiro em um comercial de TV - poderia pensar em mover uma ação contra os torcedores do Cruzeiro. Eles que não se metam a gritar em coro para Giba: "Macho! Macho! Macho!". Seria um jeito de honrar a amizade e mostrar solidariedade ao vilipendiado Michael, excelente jogador do Vôlei Futuro.
REALENGO - REAL ENGENHO DA VIDA
Saudade é a dor de saber que quem sempre e tanto te amou não voltará jamais.
MANTEIGA DÁ NISSO
Já era esperado. O dragão da inflação foi uma das heranças benditas que Lula deixou para Dilma não se entusiasmar com o segundo mandato. Agora, quem, como ela, usa Manteiga na Fazenda, só pode escorregar, ou sair manchada.
Economistas elogiam pragmatismo dos 100 primeiros dias do governo Dilma. Delfim Netto, deu nota 9,9 para a primeira-presidenta. A propósito, Delfim Netto é aquele antigo ministro de tudo um pouco na Redentora - da Fazenda, da Agricultura, do Planejamento - quando a inflação passou dos 40% mensais. O cara é bom.