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23 de out. de 2013

Má Companhia

Ontem, da varanda do solar encravado na Região dos Lagos, em Brasília, eu vi através das três pedras de gelo do meu Haig Supreme - uma traição ao meu amigo Johnnie Red - o sol gentil ceder lugar à noite que se aproximou serena.

Sei lá, me deu mais fome do que sede. Da sacada para a cozinha foi um pulo americano. Requentei o arroz integral do almoço já antigo com restos de uma costela desossada e fiz um arremedo de carreteiro apressado, daqueles que não sabem que rumo tomar.

Misturei uma farofa enriquecida de batata-palha, uva passa e nacos de manga rosa. Salpiquei tudo com vinagrete... Aos sorvos solitários de um Cousiño Macoul, me senti em Santiago e engordei o que havia emagrecido nos últimos dias Pompeia. Matei o regime a garfadas e facadas com instinto psicótico, tipo assim um Anthony Perkins machoman.

Era terça-feira, pô! Dia de programar dieta para a semana que vem. E ainda com olhar perdido no colar de luzes que faziam o horizonte de Planaltina me separar da formosa linha do infinito matei a saudade de uma dieta que havia começado na sempre bendita última segunda-feira.

Esses encontros do entardecer com as noites decaídas me dão um encontro com o sono bom de sonhos que nunca são mais acalentadores que o penúltimo sorvo de vinho que me faz adormecer sempre que me sinto só e, por isso mesmo, mal acompanhado.