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27 de mai. de 2013

A Mídia Chapa-Branca e a Sucessão no Império Civita

Morreu Roberto Civita. Aos 76 anos de uma idade que começou em Milão, onde nasceu. Moço. Na flor da idade. Vejo a coisa assim dessa maneira porque, - como dizia Millôr Fernandes - "todo velho que encontro pela frente já chegou na minha idade".

Civita foi um editor de tal forma competente que era chamado de doutor Roberto. Quase que com a mesma respeitabilidade e subserviência - de empregados, leitores, políticos flagrados e políticos soltos - com que Roberto Marinho era paparicado. Seu império era de Abril.

Nem bem o corpo do doutor Roberto Civita foi encomendado e a cretinalha chapa-branca que habita a esgotosfera, está preocupada - muito mais que seus herdeiros - com quem ficará o espólio editorial do combatente sem quartel já de saudosa memória.

Vituperam que ele foi amo e senhor da "maior editora de revistas do País" que se transformou nos últimos anos em "instrumento de ódio e numa trincheira de combate ao PT". Pobre PT, tão inocente. Pobre jornalismo amestrado que não sabe sequer como esconder que já não tem mais medo de ser feliz.

E a pandilha comenta, como se não fosse a voz rouca do PT que o herdeiro natural do pequeno e incomodativo império é Giancarlo Civita, um cara "sem nenhuma experiência jornalística".

Burros, deveriam estar comemorando!  Se Giancarlo não tem experiência, a banda larga chapa-branca do governo tem. É só fazer com o herdeiro do doutor Civita o que tem dado certo para o plano de poder do PT: patrocinar com as verbas das estatais, a publicidade que celebra a história oficial.

Bolas, é só colocar em prática a "estratégia da coalizão" que Lula tão bem lhes ensinou. Compra as páginas da Veja e pronto, estamos conversados. Mas não; tremem nas bases.

Querem o que chamam de "um pacificador"; uma cara que tenha "trânsito em Brasília"; alguém que não "odeie" o PT e os seus terceirizados que integram o governo que faz o que bem entende com o Brasil Dilma da Silva.

Morrem de medo só de pensar num diretor-geral de jornalismo e pauteiro que incentive a linha editorial de, por exemplo, Reinaldo Azevedo, "que odeia" por odiar, como se aflige a pandilha que presta serviços de opinião ao PT e seu governo.

E fingem se deliciar com a possibilidade de ver o jornalismo investigativo da Veja chegue às mãos de Augusto Nunes que sabe das coisas e escreve as coisas que o PT não quer e não gosta de ler.

Mas vem cá, a quem foi que essa gentalha perguntou  se o Brasil, pátria amada e idolatrada, não quer que haja pelo menos um veículo que faça cócegas na base da sociedade para que ela possa dar risada de quando em vez, bem do jeito que essa gangue que assumiu o País se estrebucha de tanto rir?!?

Tomara que o herdeiro não entenda nada do jornalismo que o PT e o governo dele, do PMDB e das siglas terceirizadas gostam de ler e fazer, mas que seja honesto o suficiente para não ser comprado pela propina tradicional que compra os maiores e mais maleáveis editores que trocam a publicidade pelas pautas venais e corrompidas que escondem o Brasil fabricado por essa pandilha de calhordas.