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28 de mai. de 2013

Caxirola foi pras Cucuias

Futebol não é pra quem quer; é pra quem sabe e gosta. Não basta bancar o esperto; tem que saber driblar.

E a caxirola de Carlinhos Brow foi pras cucuias. E a grana que o governo da Bahia pagou para fazer a engenhoca imbecil também foi pro espaço. A Fifa proibiu a caxirola na Copa do Mundo porque "incomoda e pode ferir se arremessada contra alguém". Pronto, a Fifa desarmou a babaquice.

A versão baiana dessa vuvuzela subdesenvolvida, inventada para animar os jogos da seleção brasileira foi tirada do caxixi, aquele chocalho à tiracolo do berimbau. Ela é feita de plástico verde “sustentável” desenvolvido pela Braskem. As caxirolas seriam vendidas por R$ 29,90, só para não aredondar para módicos R$ 30.

O mico é muito menos de Carlinhos Brown do que da primeira-mulher-presidenta Dilma Vana e da ministra do Tunguismo, Marta ainda Suplicy, mesmo depois do que milésimo casamento e com rebarbas para o ministro Aldo, do Esporte que pouco tugiu e mugiu com o artefato.
 
Se você não tá lembrado, dá licença eu vou contar: o lançamento da caxirola foi cheio de pompa e circunstância. Marta chegou a se desmanchar em elogios: “Carlinhos Brown é um exemplo desse Brasil diverso, que precisa resgatar sua história, cultura, a ponto de entendê-la para continuar caminhando pra frente. Somos todos indígenas, portugueses, africanos e tantos outros povos que trouxeram sua expressão pra cá. A caxirola será a marca no nosso futebol, só uma questão de genialidade pode fazer uma coisa como essas”. Tá bom pra você? Mas ainda tem mais.

Dilma Vana não ficou atrás; pelo contrário. Desmanchou-se toda: “O Carlinhos é um autor e um grande artista. E ele expressa um mundo diverso, mas muito específico, do Brasil, e especialmente da Bahia. Nos encanta porque ele combina essa imagem verde e amarela da caxirola. Estamos falando de um plástico verde, de um país que tem a liderança da sustentabilidade no mundo e ao mesmo tempo é um objeto capaz de fazer duas coisas: de combinar a imagem com som e nos levar a gols.”

E agora, esse novo chute no traseiro foi bom também pra você? Então, relaxe e goze. Futebol não é pra quem gosta; é pra quem sabe. Não basta bancar o esperto; tem que saber driblar.