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17 de ago. de 2013

A Pandilha da Dívida Pública

Como é fim de semana vou perder meu tempo e o de vocês, entrando no espaço do jornalismo econômico, uma coisa que me dá terremotos de pavor - pra não dizer tremeliques e lhes dar a chance de me remeterem às raízes da minha pátria pequena que deixei no Sul.

Vou passar a conversa que me impingiram na mesa 5 do mezanino da Churrascaria Porcão, às bordas do Lago Paranoá, na minha acolhedora e tão remexida Brasília.

É, aparentemente, um papo sobre dívida interna e dívida externa. Só aparentemente, já que, na verdade, se trata da mais finória canalhice de uma pandilha que chegou ao governo e se apropriou do Brasil.

Não faça o que Lula, noutro dia, mandou você fazer - tirar os fundilhos da cadeira; fique aí mesmo e espere sentado que esse papo de mesa aqui do bar vá redundar em alguma coisa tipo cadeia para os larápios, inferno para os mentirosos e vida boa para os crédulos brasileiros de boa vontade.

Espere sentado, porque tudo dá sempre em nada nesse país que virou uma nau de insensatos sem rumo e que está fora de controle. Os timoneiros gostam tanto de navegar nessas águas turvas, nesse mar de lama que jogaram a bússola fora. Pra eles, tá tudo dominado.

Espere sentado, porque o papo é demorado.Então tá...

Dívida externa é aquela que o Brasil tinha - e já começa a ter de novo - com o FMI, com os bancos e instituições financeiras do exterior; dívida interna é a parte da dívida pública que representa o somatório dos débitos, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos pelo governo com entidades financeiras de nosso próprio país.

Lula subiu a rampa em 2002 carregando como herança de FHC uma dívida externa de R$ 212 bilhões e uma dívida interna de R$ 640 bilhões. As duas formavam uma dívida pública de R$ 852 bilhões.

De olho numa cadeira da ONU e à cata de votos para ser candidato a um prêmio Nobel qualquer, Lula disse então que pagou e não bufou a dívida externa. Num passe de magia ele zerou a nossa conta lá fora.

Ele disse e - pasmem! - era verdade. Mas não era a verdade verdadeira. A verdade por inteiro seria dizer: "Tirei o nosso da reta lá fora, mas engatei vocês até os gorgulhos aqui nessa terrinha que Deus, meu Pai adotivo, me deu".

É que para vestir um santo ele nos deixou pelados com a mão no bolso. Lula aumentou a dívida interna que, em 2007 olho do furacão mensaleiro, saltou para R$ 1 trilhão e 400 bilhões.

Três anos depois, dívida externa já fora dos trinques, Lula cometeu o milagre brasileiro de emplacar R$ 240 bilhões lá fora e fazer crescer a dívida interna para R$ 1 trilhão, 650 bilhões. Juntando o pouquinho de lá com o montão daqui, o rabo de foguete de R$ 1 trilhão, 890 bilhões foi parar no colo de sua preposta, a primeira-president@ Dilma Vana.

A herança bendita de Lula para Dilma Vana foi valorizada ao avesso em mais de R$ 1 trilhão. É por causa dessa gastança perdulária e bandida que anda sobrando grana para as edições do PAC, para o festival de bolsas - bolsa família, bolsa educação, bolsa pescador, bolsa presídio, bolsa isso e aquilo, a bolsa ou a vida e para as feiras de fraudes conhecidas por mensalão, mensalinho e outras formas de engôdos.

Dilma Vana não é daquelas mineiras que, no dia em que caírem de égua não montam mais em cavalo, por isso seguiu a trilha ensandecida de seu domador preferido; a gastança está sem freio.

Cara, se você acreditar nos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, o encalacramento do governo no ano passado já atingiu com a dívida pública (externa + interna) a chicotada inédita de R$ 2 trilhões.

A mesma fidedigna fonte oficial estima que até o fim deste glorioso 2013 o descalabro incontrolável da gastança governamental pode chegar ao pódio com a marca olímpica de R$ 2 trilhões, 240 bilhões.

Assim é que - a conversa tá boa, mas os garçons já estão de pijama - mesmo tendo que pagar a carga de impostos mais cara do mundo, o brasileiro quando nasce já enfia o pé na vida devendo R$ 1 milhão.

Pronto, já pagamos a conta aqui da happy hour de hoje. Inclusive com os 10% de gorjeta. E antes de lhes dar tchau e benção, pego minha agenda e anoto para lhes falar na próxima rodada sobre o caos na saúde, educação, segurança, previdência, transporte...

Epa, transporte! Tô morrendo de medo que, daqui da garagem da churrascaria até em casa, me peguem num desses testes aleatórios de bafômetro. Mas nisso, o GPS até que me dá uma certa vantagem.

Pensando bem, vou pedir que me chamem um táxi. Deixo o carro aqui e amanhã venho buscá-lo. É um saco, mas não sou igual a essa pandilha de sevandijas. Ei, garcom... A saideira.