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31 de ago. de 2011

ASSIM É, SE VOCÊ ACHA QUE É

Pronto, já estamos no meio da semana, indo a passos largos para mais um fim de semana de futebol. O AVC de Ricardo Gomes, o paredão dos realities shows, o frio e a chuva no Sul, a seca no Centro-Oeste e a fuga de Kadafi o irmão, amigo e líder de Lula já mandaram a memória brasileira pra lá da Missa de 7° Dia.

Você já acha normal que Dilma tenha sido obrigada pelos governantes submersos desse terceiro mandato do Seu Encarnado a trocar a vassoura por um espanador; acha que está tudo bem, pois Palocci, Jobim, Alfreo Nascimento e Wagner Rossi, já foram castigados com a perda do status de cavalgaduras dessa República que "não é a Roma Antiga". Isso basta, endireita o governo e o País.

Você já considera natural que Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann, Orlando Tapioca, Ideli Salvatti, Pedro Novais, Ana de Hollanda, Fernando Hadad, Paulo Sérgio Passos, Carlos Lupi, genéricos e similares continuem como clones de Incitatus representando Dilma na herança lulática que se espalaha pela Esplanada dos Ministérios, maior lixeira a céu aberto na História do Brasil.

Você acha que está tudo bem até mesmo quando Zé Dirceu, um dos únicos deputados cassados na grande casa de tolerância nacional diz, de boca cheia, que pensa em ser candidato a presidente do Brasil quando deixar de ser réu no processo em que o Ministério Público Federal o chama de "chefe do crime organizado" que se instalou no governo brasileiro.

Você é aquele brasileiro que tem pavor de ser pobre e pensa que um dia ainda vai ficar rico assim como eles. Você é o homem de bem, classe média, massa de manobra, mão de obra intermediária que faz as vontades dos seus amos e senhores podres de rico.

Você é o troco da moeda que eles usam. Você vai e eles entregam de volta um bico de luz na sua calçada; você chora e eles lhe devolvem o sorriso com uma vaga de servidor da garagem ministerial; você juntou os trocados da sua vida e quer conhecer o Caribe, eles garantem o seu check-in com passaportes diplomáticos. Claro, você viaja sem a grana que, por graça divina ou magia negra, foi parar nos fundos de campanha do seu honorável candidato.

Sem a sua pretensiosa ingenuidade, sem a sua útil singeleza, deputados, senadores, ministros, governantes, autoridades de todos os calibres e números de cuecas e colarinhos brancos, seriam pessoas e não políticos.

Para essa emergente elite dominante dona da coisa pública, proprietária do Brasil, você é a ralé da sociedade que eles compraram com o seu suor.

Você representa o lhegalhé que não é descamisado nem pé-descalço; você usa gravata de camelô em colarinho poído, ou bolsa de grife pirata e perfume francês do Paraguai. Coisas assim que o livram da miséria absoluta sem que use bolsa-família. E você faz tudo que eles querem. Afinal, eles sempre nos parecem grandes... Quando estamos ajoelhados