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7 de set. de 2014


CELEBREMOS A INDEPENDÊNCIA!
Se não for bem isso, deixemos para celebrar em 5 de outubro.

O mal de um regime que se sustenta na "estratégia da coalizão pela governabilidade" se chama chantagem. Um regime de governo que compra aliados por baixo dos panos, acaba sendo refém permanente daquele que se vendeu.

A delação premiada é a única forma de salvar a pele dos que deixaram de ter êxito na interminável pressão do troca-troca (Tu me dás o que eu preciso que eu te dou o que tu queres) e foram relegados ao ostracismo, jogados ao abandono pelos cúmplices.

Nos governos que usam a democracia como o meio para chegar aos fins, a ganância pelo poder é trocada pela ganância dos chantagistas que são chamados de consultores, lobistas, empreiteiros, deputados, ministros, senadores, assessores, institutos, sindicatos, organismos de defesa do cidadão e nunca, jamais, de chantagistas.

Quando não se dá em moeda sonante, o pagamento ao aliado, também conhecido como companheiro, se faz às custas da máquina pública em forma de cargos, salários, ministérios, facilidades e regalias.

O mal de um regime chantagista é que ele é sempre vitima da chantagem que pratica. Mas não é a maior vítima. O máximo que ele pode perder é aquilo que ele comprou: o poder. A grande vítima dos chantagistas de um país é a nação.

Hoje, o chantagista da vez é a Justiça brasileira. Está trocando - pelo bem do povo e felicidade geral da nação - a cadeia que Paulo Roberto Costa merece, pelo que ele sabe e tem pra contar. Ainda bem que é uma chantagem pelo bem e para o bem.

E assim é que o regime desse poder instituído hoje sobre os poderes constituídos está à beira de uma ataque de nervos.

Paulo Roberto Costa, abandonado pelos companheiros associados quando foi flagrado com a boca na botija, agora está botando a boca no trombone.

Há mais de 40 grandes figuras republicanas jogadas à execração pública e notória pela voz tonitruante do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Todas, sem exceção, negam peremptoriamente suas relações de amizade e aconchego com o mais novo bode expiatório da República dos Calamares.

Nessa grande lata de lixo aparecem abjetos como o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral; o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o presidente do Senado, Renan Calheiros e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Para ficar só nesses notáveis. Os demais logo você encontra nas páginas de política dos noticiários, ao invés de contemplá-los nos cadernos de polícia.

A delação do velho amigo da turma braba da Petrobraba, de tantas incursões por terrenos oleosos como Pasadena, no Texas, envolve gente até mais graúda.

Você estranha alguma coisa? Há alguma novidade se Dilma Vana vier a público e disser que não pode dizer nada porque "não li direito o que me chegou às mãos."?

Quero ver o seu espanto quando Lula sair do fundo desse mar que não tá pra peixe e rouquejar solenemente que "eu não vi nada, não sei de nada, não fiz nada!"?

Ah deixa pra lá. Isso aqui é só o Brasil da Silva às vésperas de uma eleição. Pura intriga da oposição.

E vamos que vamos que hoje é 7 de Setembro e tem desfile das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios. Para quem mora em Brasília, vamos todos ao grande circo; para quem é da pátria amada como um todo, basta ir até à sala para ver o Brasil na TV. Celebremos, pois, todos juntos e irmanados, a Independência do Brasil... Da Silva!

RODAPÉ - A independência da população desse República, a gente deixa para comemorar no dia 5 de outubro. Se não for bem isso, pelo menos será mais uma tentativa.