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3 de set. de 2014

NO OLHO DO FURACÃO
Doadores e receptores são os empreiteiros do que se chama guerra no Oriente Médio; aqui é conflito de classes.

O alvoroço que a onda Marina Verde está provocando na campanha do PT - não porque seja o PT, mas porque o PT é o partido no poder - é um risco muito sério de tragédia. Mexe com a base do governo que gostou de ser governo e não quer deixar de ser governo.

Se a zaragata provocada por Marina Verde causa todo esse sobressalto e abala as estruturas do poder, imagine então a quizumba que não estará acontecendo nos bastidores de uma campanha que tinha tudo - dede tempo sobrando na TV até dinheiro a rodo - para garantir a reeleição do velho poste de Lula.

Isso faz com que o momento seja perigoso para a democracia que foi estabelecida de 1985 para cá, com Zé Sarney e que precisa passar mais quatro anos pelas mãos inertes de Dilma para chegar de novo a Lula, aquele que, em 2002, descobriu o lucrativo e sempre promissor Brasil da Silva.

Há muito dinheiro e muita ganância e muita desumanidade nessa nova e cruel lenda urbana que é o jeito de governar que estão aplicando ao nosso País.

Quando um doador de campanha tem coisa de meio milhão de reais investido num candidato, ou numa bandeira, ele quer resultado. E quer resultado para ele e para seus similares de maiores ou menores proporções numismatas, pecuniárias ou seja lá o que signifique grana, bufunfa, dinheiro vivo ou morto.

E esse dinheiral só é objeto do desejo dos financiadores de campanha porque, custe o que custar, será trocado por poder pelo poder cada vez maior, mais desmedido.

É a roda-viva das forças-vivas de uma pátria que se esvai a bandeiras despregadas.

Isso é frenesi. É dinamite pura. É quando todos os fins justificam os meios. Vale injúria, calúnia, difamação se travestem de notícia o tempo todo, em todas as redes de jornal, de rádio, de TV e sociais.


Os meio de comunicação social são rastilhos de pólvora que passam a detonar pessoas e explodem em barracos intermináveis; que arrasam caráteres e destroem qualquer história de uma vida ou a consciência de uma nação.

Os doadores e os receptadores - de receptores há muito pouco - são os empreiteiros do que se chama guerra no Oriente Médio, mas que nesse Brasil da Silva se faz conhecer como conflito de classes.

É quando as mentiras ganham jeito e feitio de verdades. E tanto a mentira é melhor, quanto mais ela parece verdadeira; e tanto mais agrada aos incautos, quanto mais possível ela tenha de duvidoso.

É aí que o conflito de classes vira guerra de dossiês. E como dói saber que os governos são melhores fabricando portfólios inconfidenciais do que governando de verdade.

É quando o País passa a ser manipulado por estratégias de marketing, vazias de moral e de ética, cheias de falsas verdades que insinuam e aparentam soluções para as falsas necessidades.

É o governo invisível aliciando e dominando o 4° Poder.

Estamos no olho desse furacão. Daqui até 5 de outubro estamos todos a perigo. Se houver segundo turno, os riscos serão dobrados. Estamos sob fogo cruzado.

Se a arte da guerra é a forma de destruir os homens, a política é a arte de enganar a sociedade.

Nos conflitos políticos, o mais difícil para uma pessoa honrada já nem é mais a obrigação de cumprir com o seu dever; é conhecer quais são os seus deveres.

O que se pode notar é que o brasileiro já está ficando farto de ver grandes verdades se degradando em promessas que logo se revelam como grandes mentiras.

Estamos no meio da pior safra política de todo e qualquer tempo: é quando todos sabem que vale a pena difamar, mentir, caluniar, pois sempre ficará a dúvida, a desconfiança.

E mentira é como dinheiro falso: você não o fabrica, mas se o recebe de alguém passa adiante, sem o menor escrúpulo de dar o troco.