ESTE NÃO É UM ESPAÇO PARA FAZER AMIGOS; É PARA INFLUENCIAR PESSOAS.



30 de jun. de 2013

Datafolha consagra ameaça: Ele voltará!

Como o time de Felipão não precisaria ir para os pênaltis contra a Espanha; o Filho do Brasil não precisaria de segundo turno para ganhar de todo mundo.

Eis-me aqui vosso profeta! Atentai para a consagração do que, em verdade, em verdade, vos tenho dito ao correr deste século encravado no terceiro milênio: Ele voltará! Toda honra e toda glória para Lula, O Filho do Brasil e o Predileto d'Aquele que é tido e havido como brasileiro. O Instituto Datafolha aí está que não me vos deixa mentir. O golpe se fez carne e Lula não largou o osso.

Embora como ela mesma já disse uma vez que "isso aqui não é Roma antiga", Dilma Vana, do alto de seu Palácio vê o circo pegar fogo e a sua lira não toca. O Datafolha é o arauto sacrossanto do brado retumbante: "Volta Lula!". Dilma Vana está chamuscada...

Diabos, essa história se passa no Brasil e Deus é brasileiro, mas não tem nada a ver com isso. Acontece que o Datafolha, na esteira das manifestações de rua, desandou a fazer suas pesquisas "científicas". E saltou na frente como descobridor de talentos eleitorais no seio do povo.

Como é científica, a pesquisa não precisa especificar onde concentrou suas indagações populares. Poderia pelo menos dizer quantos entrevistados pertencem à classe social mais influente diante de uma urna, a dos diligentes e produtivos usuários do Bolsa-Famiglia. Não disse. É científica e pronto.

Quer dizer, se realizasse uma enquete hoje à tarde no Maracanovo para saber com 10 mil torcedores de camisas amarelas quem eles querem que ganhe o jogo, a seleção do Felipão nem precisaria se preocupar com a cobrança de pênaltis. E o Datafolha nem precisaria dizer que os entrevistados eram - imagine só! - quase todos brasileiros.

Mas, isso é o de menos, pois o Datafolha foi à plebe ignara e entrevistou - diz ele - 4.717 pessoas em 196 cidades por aí afora. A pesquisa é cheia de salamaleques e alternativas. E, em resumo, a coisa é contada assim pelo curioso instituto, pelo qual a facção lulista do PT deve estar morrendo de amores:

"O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora, desceu para 30%.

Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%. Os três adversários juntos pularam de 36% para 47%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre Dilma e Marina".

Há no expedito levantamento popular uma hipótese que inclui o nome de Joaquim Barbosa. Nesse caso o ministro do STF - que tem negado sua candidatura - aparece empatado com Aécio Neves com 15% de intenções de voto. Mas deixa pra lá.

O melhor de tudo neste braço desarmado da campanha"Volta Lula!" é na simulação em que o nome do criador da criatura aparece na hora das perguntas. Aí, a coisa muda de figura, não tem nem segundo turno. O cara nem precisava ter largado osso. No Brasil, a carne é fraca. 

Veja o que o Datafolha descobriu:

Nessa alternativa em que Joaquim Barbosa não é incluído, Lula tem 46% contra 37% de Marina, Aécio e Campos somados - aí o endeusado Filho do Homem venceria no primeiro turno.

Se o ainda não imortal Lula da Silva soubesse disso, não estaria hoje trabalhando que nem louco no exercício de mais um lobby lá na África e sim no camarote especial do Maracanovo celebrando mais uma sonora e gigantesca vaia desses abomináveis torcedores lindos, loiros e de olhos azuis.

Uma orquestra organizada que só quer saber de samba, mulher, birita e futebol e não sabe o que é bem bom para o Brasil, mas é capaz de pagar até R$ 19 mil por um ingresso numa Copa de mentirinha.

E então, atentai para o que, em verdade, em verdade, vos tenho dito há séculos e torno a vos dizer: Ele voltará! E será só o princípio dos tempos. Mais que descobrir de novo o Brasil, ele conquistará o admirável mundo novo, para só então decretar o fim do universo.