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22 de jul. de 2013

Era uma vez...

Tudo foi espontâneo, nada programado. A afronta foi tão grande que parecia nos libertar da letargia e, como um empurrão ou um tapa na cara, nos levou naturalmente a organizar o que há muito tempo não era organizado e a tentar ordenar o que há tantos anos não tinha ordem. 

O movimento tomou forma própria e autônoma ao longo dos primeiros dias, das primeiras mobilizações, dos primeiros conglomerados de protestos.

Num país e num continente onde as coisas espontâneas, improvisadas constumam levar ao desastre ou se dilacerarem em si mesmas, a rebelião do povo movida a indignação contra a corrupção e as desigualdades alastrou-se pelo Brasil inteiro numa sucessão de fatos que se armavam uns sobre os outros e seguiram adiante, multiplicados por um fio condutor, como se fossem resultado de uma longa programação anterior, que jamais ocorreu até a geração da internet e das redes sociais.

RODAPÉ - O texto é uma adaptação do Capítulo II, do livro do jornalista Flávio Tavares, "1961: O Golpe Derrotado - Luzes e sombras do Movimento da Legalidade". Isso aconteceu em 1961 - há 62 anos, pois. Qualquer semlhança poderá ser mera coincidência.