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6 de ago. de 2014


POR QUE É QUE FEZ?

Lula, presidente de honra do PT, fingiu que tremeu nas bases com o escândalo do gabarito compartilhado entre os depoentes convocados e os integrantes da CPI da Petrobrás.

Disparou ordens urgentes para que deputados e senadores do partido blindem e banalizem o caso que respinga óleo sujo não só na Dilma como nele mesmo.

A tropa de choque, no entanto, anda batendo cabeça e não sabe lá muito bem o que fazer para defender o indefensável. Uma coisa precisa ser explicada: se não era para bagunçar o coreto do governo Dilma, então por que vazar?

O que o governo do PT agora tem que revelar é o nome do cinegrafista amador, traíra profissional, autor da filmagem. E, como tudo é possível nesse Brasil Dilma da Silva, logo vai aparecer um laranjão nessa história. Em todo caso,  volta ao ar, a pergunta feita em canto e verso por Vinícius de Morais, "se é pra desfazer, por que é que fez?".

O treinamento com a cartilha de perguntas e respostas não se extinguiu em si mesmo quando vazou e foi parar nas páginas da revista Veja.

O ensaio teve cursinho extensivo e intensivo de preparação, assim que Nestor Cerveró, sem vocação para bode expiatório e verdadeiro suicide-bomber, disse que ia abrir a fossa e botar a boca no trombone, porque ele não "afundaria sozinho".

Em seguida foi cercado de instrutores e da mais pesada e bem treinada equipe de advogados e consultores da República dos Calamares. Na realidade, uma diligente media training de corruptos partidários. I la nave va.

NATURAL

Os integrantes da tropa de choque convocada por Lula para banalizar a cretinice de perguntas e respostas compartilhadas já deu início a sua nobre missão.

Humberto Costa, um dos mais servis e obedientes seguidores do lulismo de ocasião, já foi para o plenário dizer que "orientação" aos depoentes de qualquer comissão de inquérito no Congresso é "coisa natural".

Deve ser mesmo. Isso acontece sempre nos inquéritos policiais; os bandidos sempre são orientados pelos seus defensores sobre o que devem dizer para salvar sua pele. Ou burlar a lei e a justiça.

Então, passar o gabarito para os convocados de uma CPI deve ser mesmo muito "natural". E mais natural ainda é o que as pessoas de bem pensam desse tipo de político.

QUEM TEM RÊGO

Com a corda no pescoço, Vital do Rêgo, presidente das duas CPIs da Petrobrás que correm no Congresso, entregou ofício à Polícia Federal para que investigue o caso escabroso.

Há dois bons motivos nisso aí:

1°) não tinha outra alternativa;

2°) é a hora de dar o troco ao PT que o abandonou lá nas eleições da Paraíba.

O bom disso tudo é que, até que enfim, ainda que de leve, a Petrobrás começa a ser tratada como caso de polícia. E fica também a inevitável e repulsiva constatação: quem tem Rêgo tem medo.

SOLTO MAFIOSO DOS INGRESSOS

Já sob nova direção, o Supremo Tribunal Federal mandou soltar o "suspeito" de liderar a máfia de ingresso na Copa das Copas e em todas as Copas que se disputem pelo mundo.

O diretor-geral da empresa Match, Raymond Whelan, estava residindo em Bangu, no Rio.

Ele está por lá desde que foi forçado pela Polícia Federal a trocar de domicílio, deixando o Copacabana Palace, onde era vizinho de quarto de Joseph Blatter, dono da Fifa que não sabe de nada, inocente...

E assim é que se põe uma pedra em cima de mais esse legado da Copa.

É o mesmo tipo de pedra fundamental usada para encobrir o rombo causado pelo superfaturamento dos estádios da mesma Copa das Copas.

A VERDADE, SÓ A VERDADE...

É no dia 19 que começa realmente agosto, o mês do desgosto. É quando terá início o horário eleitoral no rádio e na televisão.


Se você não sabe, são 11 candidatos à Presidência. Três deles, no entanto, polarizam o horário da avacalhação geral da democracia brasileira.

Dilma Vana terá 11min24; Aécio Neto de Tancredo Neves disporá de 4min25 e Eduardo Campos contará com exagerados 2min03.

O resto é para o resto.

Para o brasileiro comum e politizado, o Superior Tribunal Eleitoral não se animou a reservar sequer um minuto, um minutinho apenas, para que se pudesse dizer a verdade, só a verdade, nada mais que a verdade.