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26 de nov. de 2013

BRASIL X URUGUAI, FINAL DA COPA

Trazer a Copa do Mundo para o Brasil em 2014 foi um dos golpes mais vorazes e imorais que o governo Lula aplicou na alma esportiva nacional. Foi um tronchaço na ingenuidade dos fanáticos do País do Futebol e uma esputação salivar na própria Pátria de Chuteiras.

Vejo agora Felipão incorporando o espírito de patriota zagallesco e se achando o último biscoito do pacote, reverberando seu amor ao país que enfrentou quando escolheu ser treinador de Portugal e se dizendo desde já favorito de uma competição que, por se realizar às vésperas de uma eleição presidencial, pouco terá de futebol e muito terá de compromisso eleitoreiro. 

Cada gol do selecionado da CBF será uma centena de cartolas acenando para as urnas. O futebol, paixão e preferência nacional, será usado como nunca antes na história desse país para escalar criaturas e criadores na equipe de treinadores tão duros e tão sem ternura quanto os felipões que eles escolhem a dedo.

E já que o Brasil se ajoelhou diante dos pata-duras da nossa politicagem sem programa de governo, mas cheia de planos de poder, só resta rezar. E eu rezo - rezar é demais para meu agnosticismo - eu peço, fervorosamente, que 2014 tenha, ao fim e ao cabo, uma final tipo assim 1950. Um portentoso e idêntico Brasil x Uruguai. 

E já que a Seleção da Cartolagem só tem Neymar e eles nem contam mais com o Obdúlio Varella - que a história se repita. O jeito que der para ser refeita. Para fazer justiça ao esporte. E acabar com a canalhice que cobre com futebol a lama que escorre das rampas do poder. Dale Uruguai! Dale Celeste Olímpica!