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24 de dez. de 2013

IN/CONSCIÊNCIA NACIONAL

Você compra uma TV pelos olhos da cara, coloca-a no meio da sala, aprecata-se para assistir algo que deleite e então surge na tela a carantonha de um tipo como Renan Calheiros, com suas madeixas implantadas em Recife, para lhe dizer o quanto o Congresso é bonzinho e o quanto ele, Renan Calheiros, é trabalhador e honesto.

Como é que você - só você, não! - como é que a nação inteira aguenta calada um desaforo desses? Você sabe e finge que não sabe: é que quem está acostumado não estranha. A patifaria tomou conta da alma brasileira. E você finge que não é com você.

E finge que não sabe quem foi que implantou o regime que emagreceu a consciência nacional a tal ponto de o brasileiro não se importar mais em ser feito de bobo, em ser remetido a uma casta submissa que sonha para seus filhos um futuro que os coloque no mesmo nível, na mesma classe social desses canalhocratas que dominam a massa e comem o Brasil por uma perna. Isso é sujeição consuetudinária. É dependência por costume, por mau hábito.

Você precisa perguntar a você mesmo quem foi o cara, o demolidor, o pernicioso que corrompeu a sua consciência e a alma nacional; pergunte-se, você vai saber que tipo de republicano foi o sujeito que espalhou a cultura da corrupção, da esperteza, da ousadia de arrepiar as leis para não ter medo de ser feliz.

Se você não souber com quem está falando, então nunca será nada demais ter um Renan Calheiros debochando de você na sua sala de visitas.

O FUTURO NA SUA SALA
Tá bom, sai o Renan Calheiro e eis quem, de repente e não mais que de repente, assim no mais e senão quando, lá vem Dilma Vana, sem um pingo de vergonha, anunciar - como se fosse uma benção natalina - que o novo salário mínimo será de R$ 724 "já" a partir de janeiro. E com a mesma desfaçatez Dilma Vana cala-se sobre os ganhos miseráveis e escrachados dos aposentados com mais de um salário mínimo mensal. É uma cena surreal - mas você já nem se dá conta disso. É como se Dilma estivesse viajando num avião da FAB para fazer um implante na cabeça, ou andando de carro com o neto no colo, sem cinto de segurança. Você nem dá mais bola para essas coisas. Um dia, quem sabe, uma de suas filhas pode se tornar igualzinha a Dilma Vana. Não custa sonhar. Por enquanto.