ESTE NÃO É UM ESPAÇO PARA FAZER AMIGOS; É PARA INFLUENCIAR PESSOAS.



14 de mar. de 2014

SOU MAIS QUE ANTI-PETISTA, SIM SENHOR!... E JORNALISTA COM VOTO DE POBREZA.
Essa pandilha só tem emprego e dinheiro público para oferecer.

Outro dia - e isso não é raro, acontece há mais de 30 anos no meu jornalismo com 51 anos de estrada - um facebookaneiro me chamou de anti-petista. E disse isso assim, como se fosse uma acusação e não um rasgado elogio.

Sou anti-petista, sim senhor. Com muita honra e muita glória, amém! Sou mais que anti-petista, sim senhor! Sou anti-petista e sou anti-pê-emedebista, anti-tucanista, anti-demonista, anti-pedetista e anti-siglista sejam elas siglas pequenas, médias ou grandes, de forma geral e irrestrita.

Sou, hoje, fundamentalmente, contra o PT, porque o PT se juntou com o PMDB e se fez governo para se apropriar indebitamente da minha nação e assim passa-lhe a perna de fio a pavio, de cabo a rabo...

Quando, nos idos de 1985/87, tripudiei em cima dos 240 % de inflação cuidados pelos fiscais do Sarney, ninguém me acusou de nada; o mesmo se deu quando gargalhei com a saída de Fernandinho Beira-Collor pelos fundos do Palácio do Planalto; ninguém tugiu nem mugiu, quando não falei nada do que não tinha pra falar de tudo quanto não fez Itamar Franco, o Breve; Itamar nem mesmo roubou ou deixou roubar.

Quando eu desancava o pau na desastrada segunda administração do Príncipe dos Sociólogos, o almofadinha de esquerda, Fernando Henrique Cardoso, me acusaram de Lulista e aí sim, meus cotovelos quase caíram no chão. Fiadaplanfa que os lamblanfa eram eles, os meus detratores!

E então, formidável ano de 2002, começa a era Lula da Silva: oito anos de uma vergonhosa "estratégia de coalizão pela governabilidade", apelido do "quanto é que você custa pra ser meu aliado?"; oito anos apenas para transformar o meu país num enorme balcão de negócios escusos em nome da politiquice desenfreada; oito anos de toma-lá e dá-cá para dar curso ao plano de poder de um governante sem programa de governo; de promessas infundadas, de inaugurações de pedras fundamentais que nunca saíram do papel; oito anos de distorção da democracia que eu próprio, como esses 200 milhões de brasileiros, esperava que viesse do PT e de seu mais forte e poderoso aliado, o PMDB.

Oito anos que foram suficientes para plantar um poste no Palácio do Planalto que não tem luz própria e só serve para lançar sombras que cobrem desde a Esplanada dos Ministérios até às beiradas mais extremas desse continental Brasil brasileiro.

Não, não sou o que os incomodados - que não se retiram e nem largam o filé que saboreiam - querem dizer que eu sou; sou mais que anarquista, mais que um rebelde, um incomodado, um indignado com o que essa pandilha de sevandijas vem fazendo com a alma do povo brasileiro.

Não aguento ver o povo se deixar nivelar por baixo; ver o povo tão barato, se vendendo por mentiras adocicadas, por postes de luz na frente do seu lar doce lar, por uma cesta básica, uma bolsa família, um cartão de estacionamento preferencial, uma carteirinha do partido que vale mais que um diploma, um lugar na fila dos idosos, um médico cubano para lhe dar injeção na testa, ou lhe baixar a pressão...

Sou um cara que pratica o jornalismo sem patrão; sem laços, nem nós cegos com pauteiros patrocinados; um jornalista em plena liberdade incondicional. Notícia para mim é a versão que está nas entrelinhas. É a notícia que tento, dia após dia, há 51 anos, passar quase traduzida para vocês revisarem.

Sei que no Brasil da Silva governar é satisfazer necessidades fisiológicas. E porque isso não me cheira bem, meu jornalismo não é para fazer amigos; é para influenciar pessoas. E assim é que sou o que minha linha editorial me aponta. Sou dono de mim mesmo.

Isso encanzina, causa raiva e, o melhor, provoca uma incômoda sensação de impotência nos poderosos de ocasião, nos governantes de sempre há mais de meio século.

Pobres bicos, eles só têm duas coisas para me oferecer: emprego ou dinheiro público. Não quero, nem preciso. Nem de um, nem de outro. Muito menos, deles.

Sou um brasileiro que há 51 anos poderia ter sido advogado, posto que deixei o curso de Direito da UFPel no sexto ou sétimo semestre, nem lembro bem, faz tempo. Preferi então ser jornalista. Com voto de pobreza. Eles não têm nada para me oferecer.

Eles só me devem o que devem para a minha nação, o que devem e continuarão devendo para o povo em matéria de educação, saúde, mobilidade urbana, qualidade de vida, segurança, justiça, igualdade social e democracia. E nada disso é dos seus domínios.

Saibam então, de uma vez por todas, que essa pandilha de siglas partidárias e seus senhores de anéis, não têm nada, absolutamente nada, para me oferecer.