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10 de mar. de 2011

As duas maiores derrotas


Matéria do jornal O Estado de S. Paulo:

Brasil começa a se redimir de ter apoiado ditadores', diz iraniana
Shirin Ebadi, prêmio Nobel da Paz e opositora ferrenha de Ahmadinejad, vê guinada na posição do País após Lula, mas espera que discurso por direitos humanos não seja apenas estratégia política

Jamil Chade, correspondente de O Estado de S. Paulo

GENEBRA - " O Brasil está começando a se redimir do fato de ter apoiado tanto ditadores nos últimos anos ". A declaração é da prêmio Nobel da Paz, a iraniana Shirin Ebadi, que nesta segunda-feira foi recebida em um almoço pela diplomacia brasileira em Genebra, algo que ela mesmo diz que acreditava ser "impensável" durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta terça, em entrevista ao Estado, a dissidente que foi declarada como uma das maiores opositoras do regime Mahmoud Ahmadinejad, pediu que o Brasil não use uma nova retórica de direitos humanos apenas "como mais uma estratégia política" e que, desta vez, seja coerente com o estado democrático que representa.

RODAPÉ - Essa senhora ganhou apenas o Nobel da Paz que Lula tanto perseguiu nas suas andanças desenfreadas durante oito anos pelo mundo afora. A propósito, diga aí qual das duas frustrações foi a maior derrota de Lula ao deixar o Palácio do Planalto: 1) Não ser nem lembrado para o prêmio Nobel; 2) o fim da CPMF. Você decide.