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11 de mar. de 2011

Mimo de Dilma e fábrica de brasileirinhos

E então, Dilma se encontra com os sindicalistas do Brasil, inclusive aqueles que foram condenados por improbidade administrativa. E aí vem à tona a verdadeira história do "confronto" entre as grandes centrais sindicais e a primeira-presidenta no recente embate sobre a fixação do salário mínimo em R$ 545. Era, como se sabia, puro jogo de cena: Dilma dará aos nobres sindicalistas vagas em conselho de estatais.

Pronto, estamos conversados. Tá tudo dominado. Adeus luta pela extinção do fator previdenciário, ferramenta de tortura dos aposentados e pensionistas da Previdência; adeus justiça e isonomia aos ganhos dos velhinhos do INSS. Babau seu Nicolau, acabou o mingau!


A coisa vazou assim: num gesto de boa vontade, depois de andar em aparentes turras com as facções sindicais, Dilma vai assinar portaria hoje autorizando a inclusão de um representante dos trabalhadores em cada conselho administrativo de empresa estatal. "Desde que ela tenha mais de 200 empregados" - previne-se a governanta.

O Ministério do Planejamento diz que são apenas 59 vagas. O trabalhador que for eleito por seus colegas para integrar o conselho terá um reforço substancial no rendimento. Você está nessa patota? Então deixe pra lá, sua cesta básica vai continuar não cabendo dentro do seus ganhos mensais.

Para você ter uma idéia da bondade da primeira-mulher-presidenta do Brasil, saiba que um conselheiro do Banco do Brasil ganha R$ 3.606 por mês. Já na Caixa Econômica Federal, a coisa bateu nos R$ 2.836,30 mensais em 2010. No ano passado a Eletrobrás, fixou o mimo em R$ 4.212,96 mensais.

Bem feito pra você. Quem mandou trabalhar a vida inteira, estudar, politizar-se e não fazer parte da curriola?!? Agora taí ó, não é dirigente sindical, nem tem carteirinha do PT. Seu futuro é inscrever-se no Bolsa-Famiglia. Fica em casa numa boa, fabricando brasileirinhos, com remuneração garantida.