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7 de mar. de 2011

Brasil, apenas um Grande Carnaval

Depois de jogar no Purgatório o projeto de controle social da imprensa, elucubrado por Lula e garatujado por Franklin Martins, Dilma repetiu nesta semana o que disse no dia da posse como primeira-mulher-presidenta:

"Uma imprensa livre, pluralista e investigativa é imprescindível para um país como o nosso. Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras".

Mas espraiando-se em férias pelo resort militar de Barreira do Inferno, em Natal, no Rio Grande do Norte, ela impediu com fragatas a ação de repórteres por mar.

Com com naves e censores atentos, tolheu os registros aero-fotográficos de sua privada e notória curta temporada de descanso momesco.

No, digamos, confronto direto por terra com a mídia, Dilma proibiu até o uso de celulares que, hoje, mais que meros telefones são objetos de multiuso que se estendem por imagens fixas, internet, filmes, videotapes, drogas e rock'n roll.

Então, ao fim e ao cabo de qualquer boa esperança, conclui-se uma vez mais que uma coisa é dizer; outra é fazer. Uma presidenta em férias é uma presidenta folgada, mas continua presidenta.

Há quem possa alegar - e não vai faltar lambebota para isso - que uma presidenta tem todo o direito à privacidade de sua vida privada, por pública e notória que o seja. Tem sim, todo o direito, desde que os recursos para isso também sejam privados.

Uma vez saídos das burras públicas - e aos borbotões como saíram de Brasília para menos de uma semana no resort militar de Natal - mandam a coisa privada para os quintos do inferno.

O plano maquiavélico de controle das comunicações desejado por Lula e mal elaborado por Franklin Martins está só no Purgatório.

O paraíso do governo fica aqui, bem ao lado... A liberdade de imprensa não foi vista por lá.

Deve estar no Limbo. Nada que uma presideusa não possa resolver.


RODAPÉ - Setoristas informam que os gastos da base militar de Barreira do Inferno para garantir conforto, privacidade e bem-estar à presidenta e sua família durante o período de carnaval, chegaram a R$ 8 milhões. Isso quer dizer nada mais, nada menos do que o salário de 14.800 operários trabalhando durante um mês para comprar uma cesta básica para garantir educação, saúde, transporte, previdência, lazer e vestuário para a sua família. Para quem escutou o anúncio presidenciável de contenção de gastos públicos e cortes de R$ 50 bilhões, fica a impressão de que o Brasil é só um grande carnaval.