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21 de mai. de 2014

Quem tem Gabrielli de defensor, não precisa de acusador

Gabrielli confirma na CPI Chapa Branca que Dilma assinou sem ler direito a velhacaria de Pasadena.

Sérgio Gabrielli, o tolo presidente da Petrobrás, demitido por Dilma que ao virar president@ preferiu Gracinha Foster para o seu lugar, bateu um papo gostoso com os membros desossados da CPI do PT sobre a refinaria de Pasadena.

Respondeu com a tranquilidade de um maestro do Cassino do Chacrinha às perguntas combinadas e só desafinou e tropeçou em si mesmo quando quis defender justamente a sua algoz na boca-rica que perdeu quando ela subiu a rampa.

Sem medo de levar uma buzinada naquela divertida sessão de chacrinha, ao desdizer o que disse antes sobre Dilma ter que "assumir suas responsabilidades", ele garante agora que "ela não tem culpa".

Pronto, apenas confirmou que Dilma era a president@ do Conselho de Administração na época da ardilosa transação com Pasadena. E como ele garante que "ela não tem culpa", então tá. Ela não tem culpa. Gabrielli não mente. Só se desmente de vez em quando.

E, para que ninguém passe por tolo, diga-se que ela presidia o Conselhão naquele cambalacho de Pasadena e em outras tramoias similares e corriqueiras naqueles tempos de ainda governo Lula.

Dilma assinou - consciente, ou não; condescendente ou astuta - o documento de Pasadena, sem ler direito o que estava autorizando. Ela mesma já disse isto.

Nem precisava da babaquice de Sérgio Gabrielli nesse espetáculo deprimente no qual quem se comunica não se trumbica.

Nas priscas eras de presidente do PT, pela mesma razão, por assinar  "sem ler direito" documentos de enormes valores para repartir no partido, o cardiopata eventual Zé Genoíno foi parar agora na cadeia.

Por uma reles camioneta Fiat Elba, Fernandinho Beira-Collor, perdeu o cargo de presidente da República e saiu às pressas pela porta dos fundos do Palácio do Planalto.

Nesta CPI do Governo do PT, só os companheiros de Gabrielli não viram nada demais nas falas do antigo presidente da boa e velha Petrobrás. Para eles, um conselho autorizar, ou uma conselheira assinar uma velhacaria não é nada demais. Nada de estranho nisso; é de sua natureza. Preferem não ler direito o que assinam.

A Petrobrás não é mais só um caso de polícia; é caso de impeachment. E de prisão para quem comandava a massa e balançava a pança. E ainda comanda e ainda balança.