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1 de jul. de 2014

SCOLARI NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Bolas, psicologar de vez em quando até que é bom.

Diante das pífias atuações cheias de sorte da sua seleção nessa Copa de Rico que não é pro nosso bico, Luiz Felipe Scolari contagiou de medo seu fiel escudeiro Murtosa e pediu socorro imediato a uma psicóloga para tratar do "nervosismo" dos heróis da pátria de chuteiras que ele mesmo escolheu a dedo. É o paizão cuidando da família.

Tudo que o grupo está devendo dentro de campo é debitado por Scolari na conta do "desequilíbrio psicológico". Que feio. Parece até o criador aquele da criatura aquela que, sempre que se vê acuado, ladra que não tem nada com isso e aquilo e bota a culpa nos outros

Bolas, a rapaziada, os 50 ou 60 mil torcedores loiros de olhos azuis que sempre enchem as arenas e milhões de tele-torcedores que assistem a tudo pela TV "estão desequilibrados" é pela pobreza tática, pela fragilidade estratégica do futebol que o selecionado scolariano leva do vestiário para os verdes campos desse País das Maravilhas.

E os que são bons e até mais ou menos bons, olham para os lados e se vêem cercados de pernas de pau. Paulinho, Fernandinho, Willian, Hulk, Jô, Fred... Isso parece até uma seleção de piratas que só fazem cara de mau. Mas, nem sempre. Às vezes choram. Ora, isso é o de menos. Qualquer mulher que é mulher pode chorar; qualquer homem que é homem pode chorar.

Se a seleção que representa um país não chora ouvindo o Hino Nacional em capela num estádio cheio de convivas de alto coturno; se uma seleção não chora na hora de ir para uma prorrogação que vale ficar ou dar adeus às armas; se uma seleção não chora de emoção no momento de cobrar um pênalti decisivo, então é uma seleção que não representa o seu país, nem consegue ser a pátria de chuteiras. Não serve nem para amarrar as nossas chuteiras.

Nada contra a psicóloga na concentração do time de Felipão. Psicologar de vez em quando até que é bom. Psicologar, no bom sentido, é claro; tudo contra a artimanha de Felipão que passa para os nervos à flor da pele dos outros a responsabilidade que é toda sua.

Ah, Felipão, você está no País das Maravilhas, vá se olhar no espelho.