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10 de jan. de 2014

A DOR ENSINA A GEMER, OU
ESSE CAMINHO NÃO TEM VOLTA

A dor ensina a gemer. É pode ser que sim. E que não. No caso da democracia brasileira que os anistiados da ditadura vem nos oferecendo de 1985 até agora, de Sarney a Dilma, parece até que eles nunca sentiram dor nenhuma. Parece, mas não foi bem assim. Eles até sentiram dor; a Redentora não foi mole.

Como toda ditadura, bateu, prendeu e arrebentou. Mas, quem levou não aprendeu a gemer. Tanto é que estão aí, morrendo de rir com a democracia que implantaram no lugar da repressão; tanto é que os novos governos e seus governantes varonis varreram a ditadura para baixo do tapete vermelho em que desfilam com brilho de fulgurante estrela, de intocável superstar, apenas para limpar o caminho da democracia que criaram para o seu próprio show.

Nessa Democracia da Silva o governo só sabe dizer que está tudo bem. Mas ai de você que precise do menor de qualquer serviço público! Não passará de um muxoxo terceirizado recebido do servidor menos que contrariado, muito mais desqualificado para a função que recebeu de mão beijada por ter apresentado como currículo empregatício a carteirinha do partido aliado ao governo. E, sem cerimônia com rasgos de ironia, lá fica ele com seu cargo obtido de mão beijada e lá vai você de mãos abanando.

E você é assim des/considerado em qualquer balcão do serviço governamental, seja lá qual for a sua premência na saúde, educação, transporte, previdência social, segurança, lazer, justiça; é assim que acontece com você na singela tentativa de retirar um simples documento de identidade, uma carteira de habilitação, um título eleitoral e até, pasme!, na hora de pagar imposto.

O sorriso de desdém será sempre o mesmo, com o mesmo poder de esconder mais que a má vontade, a notória inaptidão que paralisa o País que já nem geme mais.

A dor que o péssimo serviço prestado pelo governo não nos ensinou a gemer; nos acostumou a não chorar. Esse governo que só sabe dizer que está tudo bem, só faz saber; não sabe fazer.

O pior de todo esse empreguismo desenfreado, o grande mal é que ele é pernicioso e contagia. O servidor público habilitado, concursado, capacitado para servir à cidadania, se deixa contaminar pela displicência e pelo desencanto, eis que seus diplomas são rasgados pelo poder de mando que os empregadores delegam aos seus terceirizados de confiança.

Na máquina pública, na administração brasileira, o amigo do rei, o nomeado de confiança, o cabo eleitoral, o puxador de votos é o Pai da Prevaricação. O organismo público desse Brasil da Silva está moribundo. E a população furibunda. Furibunda, mas aclimatada, mal-acostumada. E dizem até que esse caminho é daqueles que não têm volta.