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16 de jan. de 2014

IN MEMORIAN

Em dezembro do ano passado, o operador do Mensalão, Marcos Valério contou ao Ministério Público os segredos que guardara nos últimos anos. A acusação mais pesada foi que o dinheiro do Mensalão "pagou despesas pessoais do ex-presidente Lula".

Ele dedurou também o churrasqueiro Freud Godoy como uma espécie de tesoureiro pessoal de Lula, encarregado entre outras coisas de pagar as contas do eterno presidente da República dos Calamares.

No depoimento prestado ao MP, com o intuito de ganhar delação premiada, Valério revelou ainda que foi ameaçado por Paulo Okamoto, atual diretor de bons negócios do Instituto Lula, que o procurou em 2005, quando se deu o estouro, para lhe passar um recado: "Ou você se comporta, ou você morre".

Valério atirou mais PT no ventilador, disse que recebeu uma contrapartida financeira pelo silêncio. Contou que o PT teria lhe repassado 4 milhões de reais para "bancar as despesas com os advogados".

Mas isso tudo aconteceu só há um ligeiro e inexpressivo ano. Esse período de tempo é apenas um sétimo do tempo que decorreu entre o escândalo do Mensalão e o julgamento que redundou na prisão de Zé Dirceu e seus companheiros de mensalagem. E a gente só fala nisso agora para lembrar que já foi celebrada a Missa de 7° Dia, o culto in memorian já foi rezado. Reina, soberano, o silêncio. Que vale ouro.

Vive, no entanto, a esperança de que, pelo andar da carruagem do STF neste último ano, a justiça tarda, mas não falha. Mais forte, porém, fica o sentimento de que, a partir de março, sob a nova direção de Lewandowski a balança da Justiça esteja de novo na mão esquerda de uma senhora cega que carrega na direita uma espada sem fio nem pavio.

Restará aos homens de boa vontade o consolo de saber que, para condenar essa pandilha de sevandijas que ainda goza o pleno sol da liberdade, não precisam da espetaculosidade do julgamento de uma corte suprema; basta, ao brasileiro comum, ao cidadão de bem, saber de quem se está falando; saber quem e o que eles são. Não há espírito maior de justiça. Pena que a pena lhes seja tão leve. Tomara que essa pena leve tenha vida breve.

CARTÕES CORPORATIVOS
Mais de R$ 61 milhões gastos com cartões corporativos do governo, dentro do mais oportuno e portentoso sigilo oficial. Ninguém precisa prestar contas do que gastou com o dinheiro público. Assim como o "fator previdenciário" o cartão corporativo foi uma das invencionices deixadas por FHC como legado bendito para Lula e para Dilma e como espólio maldito para o cidadão brasileiro. Quanto a isso, pela parte que lhe toca, o governo Dilma nem sabia o quanto estava preparado para lidar com esse tipo de herança. Os perdulários servidores de Dilma Vana jogaram pro ar, junto com ela, pelo menos 1 milhão e 622 mil unidades do Minha Casa, Minha Vida. E nem faça as contas de quantas creches eles deixaram de inaugurar.

ENTREMENTES...
Tome tento! Fique atento! Começou a corrida do ouro rumo aos palácios de governo neste Brasil da Silva. Fique de olho que logo estará em cartaz a reestreia do velho filme desse tipo de temporada, "Os Aloprados". O título desse filme que já passou foi dado por Lula para minimizar a atuação estapafúrdias dos canastrões de Mercadante que perseguiam naquela temporada o ninho tucano com um rolo em forma de dossiê. É só a candidatura de Dilma tremer nas bases que a velha película entra em cena,

I LA NAVE VA
Dilma Vana, a criatura, é tão incapaz de realizar qualquer coisa sem pedir a ajuda do criador que não teve forças nem ânimo para fazer a mini-reforma ministerial. Sem jogo de cintura, acaba de adiar a dança das cadeiras para o fim do mês. Se meteu de pata a ganso, mexeu com os aguapés do PMDB e agora saiu ciscando quando os galos do terreiro peemedebista cantaram mais alto. Vai desfazer o que nem chegou a fazer. E assim caminha a humanidade no Brasil Dilma da Silva. I la nave va.