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7 de jan. de 2014

A HISTÓRIA MUITO MAL CONTADA

Dilma diz que a inflação está "sob controle"; Guido Mantega escamoteia números e garante que o governo cumpriu a meta de ter um superavit acima dos R$ 73 bilhões e disse que a superação chegou aos R$ 75 bi, assim mesmo: redondinhos, redondinhos, para quem quiser acreditar e gostar.

E então, os brasileiros que não são tapados e andam com um pé atrás, respondem sem levantar a voz e meio que à boca pequena: a Democracia da Silva é a maior falência dessa História que já vai chegando aos 30 anos de idade, desde que começou com um tal de Zé Sarney assumindo em 1985 a Presidência da República no lugar de Tancredo Neves - o maior presidente que o Brasil não teve ainda.

A quebradeira do ideal democrático passou de Sarney para Fernandinho Beira-Collor, o marajá Caçador de Marajás; para o tampão de Itamar Franco; para o principesco sociólogo FHC; para o colecionador de postes, Lula da Silva, Pai do PT e seus partidos-satélites e chegou à criatura Dilma Vana, consentidamente grata ao seu criador.

E hoje, apesar da enxurrada de notícias oficiais pautada pelos arautos governamentais, já não é segredo para ninguém que a democracia que aí está posta na mesa não é o governo do povo, muito menos ainda, o governo dos melhores.

A Democracia da Silva é o governo do dinheiro, das licitações diferenciadas, das empreiteiras, dos bancos e banqueiros, dos lobistas e consultores; é o governo dos políticos venais que jorram aos borbotões; dos terceirizados que complementam a estrutura, o arcabouço do Estado nos três Poderes constituídos.

a Democracia da Silva é a cara, o corpo e o espírito da classe que se dizia trabalhadora e se mostra acima da média, formando a elite dominante com aparente jeito despojado, encoberto por institutos, ONGs de fachada, organismos públicos desnecessários e outros canos de esgoto por onde escorre o mar de lama que se acomoda em laranjais inimagináveis.

A Democracia da Silva foi construída, paulatinamente, com anistias de araque, com esqueletos de armários, com legislações espúrias tipo assim medidas provisórias que arrepiam o Legislativo e burlam o Judiciário.

É sob essa democracia tirada da ditadura que está estabelecido no país uma espécie de liderança que se esbalda num materialismo etéreo - numa adoração à grana, ao luxo escamoteado e ao poder sob absoluto controle de quem manda, com jeito de quem pede e oferece.

Essa Democracia da Silva iguala a riqueza mal-havida ao poder de mando estabelecido. Nessa história mal contada, sempre desenhada em cores falsas, o poder de alguns finge representar a todos. É, se interessa saber, uma desonesta democracia que se sobrepôs a uma incomodativa ditadura. Uma história de quase 30 anos em que os governantes de ocasião tomaram de assalto uma nação que se sente - senão feliz - se sente bem em ser assim des/governada.

De consolo nos resta saber que, ao longo da história do mundo, na relação com o poder do Estado forte e populista, o povo se afastará de seus dominadores e se deixará consolar por alguma nova crença sobrenatural.

É quando terá que voltar ao trabalho, ao invés de deixar-se submeter por cargos, salários, chantagens sociais, bolsas disso e daquilo, para construir um final feliz. Um final feliz de uma História que lhe foi mal, muito mal-contada.